domingo, 27 de setembro de 2015


Colocar no castigo ou no descanso?



Bem, na realidade são palavras diferentes, mas que tem o mesmo objetivo. Quando se coloca uma criança de castigo ou no descanso o objetivo é para ela refletir sobre aquilo que ela fez de errado. Além disso, vem outro questionamento. Castigar ou não? Esse assunto é bastante discutido em escolas, em família e até mesmo em abrigo. É certo colocar de castigo ou não os nossos filhos quando tiverem um mau comportamento? Ouço muito essas dúvidas nos atendimentos por parte de pais e educadores em geral. Apesar de ter uma opinião formada a respeito do assunto mais fui me aprofundar mais, fiz pesquisas, li bastante sobre o assunto, ouvi outros profissionais e cheguei à conclusão, a resposta é que podemos, sim, castigar como forma de EDUCAR. O objetivo deve ser ensinar limites e ajudar no desenvolvimento das crianças. Porém, esse castigo ou descanso como queira denominá-lo não poderá ser simplesmente castigar por castigar.
Disciplinar, orientar uma criança é fator determinante para qualquer educação, tem que fazer com quer a criança reflita sobre aquilo que fez de errado e ela mesma sentir que errou. E que os erros trará uma consequência.
Existe uma frase bem pertinente que é muito usada “ Educar não é uma tarefa simples. Requer trabalho e paciência por parte dos pais. Cabe a eles ensinarem as regras e os limites do convívio social, com calma e segurança.” Essa frase diz tudo que queremos alcançar com os castigos.
Os castigos para funcionarem positivamente como uma estratégia educativa devem ser rápidos, imediatos, verbalizados e aplicados sem irá e rancor.
 E, para ajudar pais e educadores a aplicar o castigo/descanso da forma CORRETA e EDUCATIVA, sem correr o risco de cai na Lei da palmadas e maltratos a crianças selecionei as principais dicas de acordo com minhas pesquisas, estudos e troca de figurinhas com outros profissionais. São elas: 

1-    Explique os motivos do castigo/descanso - as crianças precisam entender o motivo do castigo/descanso e não acharem que estão sendo punidos por autoritarismo ou irritação dos responsáveis. Elas precisam entender que o castigo/descanso é consequência de algo que elas mesmas praticaram e que ninguém  têm prazer em castigar, colocá-las no descanso. Precisa deixar bem claro o motivo pelo qual a levou a tomar a decisão de colocá-la de castigo/descanso e que não vale apena repeti-lo;
2-    Preste atenção nas suas palavras – oriente sempre com objetividade e rigidez, olhando nos olhos da criança e fazendo com que entenda que você está chateada, decepcionada com a atitude dela e não propriamente com ela. Como a decepção é com a atitude e não com ela é bom repetir as seguintes frases: “Que coisa feia você fez”! “Isso não são coisas que uma criança educada como você deva fazer”! Nunca, sobre circunstancia alguma diga que a criança é mal educada e sim as atitudes dela no momento é de criança mal educada;
3-     Preferível não bater - as famosas “palmadinhas” não são bem-vindas na educação da criança. A agressão nunca resolveu nada, quase sempre provoca raiva e medo. E é justamente o medo da agressão que fará a criança não repetir a atitude errada e não por que ela compreendeu as razões da punição;
4-     O castigo deve ser imediato – independente de qualquer lugar a criança pequena deve ser repreendida logo em seguida ao mau comportamento. Porém, tenha cautela com essa dica, pois o castigo/descanso não deve ser aplicado na presença de outras pessoas, principalmente de visitas uma vez que a existência de público o tornaria mais humilhante, apesar dela ter feito uma coisa errada, é preciso preservá-la e sem falar que você correrá um serio risco de alguém se meter e você ter que ser indelicado com alguém com frases do tipo: “a criança é minha, não se meta na educação dela”! Retire-a discretamente para um local discreto e resolva a questão;
5-    Não aplique o castigo na hora da raiva – Muita sabedoria, tranquilidade e calma nessa hora, não grite, não levante a voz. Seja objetiva, cuidado com o blá, blá, blá. As crianças se acostumam com os gritos e isso não mais as assustarão, elas costuma dizer: “ de novo essa conversa”!;
6-    Seja firme – sempre que for falar com uma criança abaixe-se para ficar da mesma altura dela, olhe nos olhos dela, tenha cuidado para não se “derreter” com apelos como: “nunca mais vou fazer”, “desculpe eu te amo”, ou também muitas lágrimas e chantagens. Continue firme depois da decisão tomada, não volte atrás, a criança poderá usar essa arma para se livrar dos castigos sempre;
7-     Castigos justos - não exagere os limites do que é razoável. Reflita se realmente é necessário um castigo naquele momento para que este não se torne algo banal e perca a credibilidade. O castigo deve ser ainda proporcional ao ato cometido e não ao estado de humor do adulto naquele momento;
8-    Os castigos de longa duração de tempo talvez não funcionam - é preferível deixar a criança sentada por 5 a 10 minutos, se for preciso aumenta gradativamente de acordo com as regras que fora estabelecidas anteriormente. Não recomendo já coloca-la meia hora uma hora, pois após isso a criança, como ser lúdico que é, começa a se distrair com seus pés, suas pernas, seus cabelos e até esquece que está de castigo;
9-    Aplique o tempo correto no castigo - orienta-se que comece com 10 minutos e a cada saída aumentará 5 minutos, é de suma importância estabelecer as regras para criança e certifica-se que ela entendeu. Por exemplo, dizer a crianças que ela irá ficar 10 minutos refletindo, não pode sair para fazer xixi, beber água ou realizar qualquer outra atividade, fique atento, pois nessa hora vai dá vontade de tanta coisa, fique firme na decisão, descumpriu aumenta 5 minutos;
10-  Cuidado com as ameaças – nunca faça ameaças, só diga aquilo que você poderá cumprir, pois quando se diz uma coisa que não se cumpre tornara-se uma pessoa sem credibilidade. A criança diz logo: “ela só fala e não faz nada”. Portanto, cuidado com o que anunciará, tudo que for anunciado deverá ser cumprido.


quinta-feira, 10 de setembro de 2015


  Quem é mais violento, criança ou adolescente?



Jogar-se no chão, chorar, birrar, morder, rebolar objetos, dar o dedo, dizer palavrões, sair correndo. Essas são algumas das expressões de agressividade nas crianças menores, tais atitudes surpreendem até mesmos profissionais mais experientes, levando pais e educadores ao um ataque de nervo e sempre com as indagações: O que eu faço? Onde eu errei? Na maioria das vezes  sentem-se impotentes para lidar com a problemática. Surgindo então diversas dúvidas. Porém, a principal é: Castigos é a melhor forma de resolver à problemática?

Ao contrário do que se possa pensar, a adolescência não é a fase em que as crianças são mais agressivas. É isso mesmo! É entre o primeiro e o quarto ano de vida que se verifica o maior índice de agressividade.




As crianças têm manifestações de agressividade desde muito cedo. Os bebés pequenos não são capazes de comportamentos agressivos, como bater, birrar ou dar um soco. Porém, têm seus recursos como choro escandaloso e gritos irritantes, muitas vezes com grande persistência e expressões faciais para exprimir o seu descontentamento ou frustração. Podemos considerar as manifestações vocais e faciais de zanga como os primeiros sinais de agressividade nos bebés. Podemos até afirmar que antes do primeiro ano são capazes de morder, beliscar, dar pontapés ou bater, tendo coordenação motora suficiente para isso. Por volta dos três anos são capazes de desenvolver um comportamento agressivo mais elaborado, como dar soco, correr, birrar, dar língua e dedo, se jogar no chão, beliscar, morder, tendo em vista o desenvolvimento motor. Tal situação tende a diminuir progressivamente, à medida que a criança aprende a controlar as emoções, utilizando a linguagem para comunicar e exprimir as suas frustrações de forma mais positiva.


Chamamos a atenção para um fator de suma importância: as crianças devem ser educadas e orientadas desde os primeiros anos a reprimir e controlar os impulsos agressivos. A agressividade vai diminuindo de intensidade à medida que o cérebro da criança vai amadurecendo, levando esta a conseguir controlar os impulsos agressivos e a lidar com a frustração.

Os pais e educadores devem sempre usar essa frase quando for orientar ou chamar atenção de uma criança; “olhem para mim, estou falando com você”, e com essa frase vem o gesto de se ajoelhar ou sentar de diante das crianças para ficar na mesma altura da criança. Pais e educadores devem se preocupar quando a surgir sinais que a situação está fugindo ao controle. Agora você me pergunta, quando saberei que a situação está fugindo do nosso controle? Bem, quando a agressividade começa acontecer constantemente. 

Pois trata-se da expressão de emoções não organizadas, não acolhidas e que, de algum modo, encontram como veículo uma atitude mais impulsiva, um comportamento menos correto. Manifestações que frequentemente por não terem quem possa “observar” ou “acolher” (no sentido de compreender) repetem-se até que alguém perceba que aquela criança está a solicitar que olhem para ela, que a ajudem a crescer bem, que alguém se preocupe com ela. Muitas vezes a agressividade é um pedido de socorro, de ajuda, é como se a criança com as expressões agressivas estivesse dizendo: “pai, tia (educadora) eu estou aqui, estou precisando que vocês me ajudem, sou apenas criança e preciso ser tratada como tal”.

Os casos de violência também ocorrem em crianças entre os quatro anos e meio e os cinco anos, a maioria das causas são as mais diversas como:
  •  Falta de atenção parental ou excesso sem limites;
  • Separação dos pais;
  •  Nascimento de um irmão;
  •  Ambientes familiares disfuncionais;
  • Sonos perturbados;
  •  Ritmos de vida desgastantes.
      Como podemos observa, é um leque de possibilidades. Para a psicóloga Cristina Camões, quando a agressividade se manifesta de uma forma exagerada e persistente pode ser um indicador que algo não está bem com a criança, poderá inclusive ser sinônimo da existência de problemas mais graves como violência intra-parental, negligência, falta de afeto, ausência de limites de educação parental e violência emocional.

    Vale apena salientar que muitos desses problemas podem ser evitados, como o do nascimento de um irmão, os pais e educadores devem preparar essa criança para a chegada de um novo membro na família, como vai ser maravilhoso ter um bebê em casa. Na realidade deve-se preparar a criança dá melhor forma possível para que ela não veja o irmão recém-nascido como um intruso, um ladrão que veio roubar seus pais.

A origem com causas diversas é igualmente defendida como  talvez a conclusão mais correta seja que a agressividade é o resultado de fatores genéticos em interação com o meio, num contexto temporal específico. Quando as condutas agressivas persistem no tempo, isso está ligado às interações familiares e ao ambiente social. Podemos falar de muito “fatores de risco” da parte dos pais e dos educadores que podem estimular o desenvolvimento de padrões comportamentais agressivos nas crianças, como a inconstância no estabelecimento de limites.

 Quando um comportamento é punido num determinado momento e ignorado no momento seguinte, é difícil para a criança distinguir o “certo do errado”. É importante pais e educadores definirem claramente o que a criança pode ou não fazer e serem coerentes em termos das medidas educativas e comportamentais. Agindo dessa forma pais e educadores obterão êxito nesta árdua tarefa de educar e orientar os pequenos.

terça-feira, 8 de setembro de 2015


Existe diferença entre “Problemas de aprendizagem e dificuldades de aprendizagem”?
 Sim, existe! E o olhar, a postura, a afetividade de um profissional fazem toda a diferença na vida de uma criança.
Os problemas de aprendizagem são sinais indicativos de que algo não vai bem no aprender ou no ensinar. São comportamentos, atitudes, modalidades de lidar com os objetos de conhecimento e de se posicionar nas situações de aprendizagem que não favorecem a alegria de aprender, a autoria de pensamento, o sucesso acadêmico. Os problemas de aprendizagem podem ser classificados em sintoma, como:

Ø     Inibição cognitiva;
Ø     Reativa.

 No primeiro caso, as origens e causas encontram-se ligados à estrutura individual e familiar do indivíduo que “fracassa” em aprender. Já no último caso, relacionam-se ao contexto socioeducativo. Ou seja, as questões didáticas, a metodologia avaliativa.

É importante ressaltar que nos problemas de aprendizagem relativos ao fracasso escolar pode demandar redimensionamento que englobe desde órgãos superiores responsáveis pela educação no país até as salas de aula.
Já nos problemas em que os fatores desencadeantes são externos ao contexto escolar, geralmente há necessidade de uma avaliação especializada para buscar intervenções adequadas de um profissional, no caso um psicopedagogo.


As principais manifestações dos problemas de aprendizagem são:
Ø     Disgrafia - comprometimento na interpretação de texto;
Ø     Dislexia - deficiência na habilidade de escrever, em termos de caligrafia e também de coerência;
Ø     Discalculia - dificuldade no aprendizado dos números, dispersão em sala de aula e nos momentos de realizar atividades e avaliações escolares.
Modalidades de aprendizagem que não favorecem a assimilação e a acomodação dos conhecimentos de modo satisfatório, entre outros sinais, podem ser manifestações de problemas de aprendizagem. Entretanto, é preciso diferenciar problemas de aprendizagem de dificuldades de aprendizagem. Qualquer estudante pode atravessar, em algum momento da vida escolar, alguma dificuldade no aprender. Pode demorar um pouco mais para assimilar um conteúdo, ou aprender de maneira mais lenta que as demais crianças.
Só consideramos um problema de aprendizagem, como tal, quando descartadas as causas socioeducativas. Ou seja, quando os sinais persistirem, apesar das intervenções educacionais. Nessas situações, muitas vezes, como foi frisado anteriormente, há necessidade de investigação e leitura especializada. Ressalto, entretanto, a importância de cautela por parte dos educadores ao “diagnosticar”.
É preciso atenção com a tendência de atribuir a causas organicistas os problemas e dificuldades de aprendizagem apresentados pelas crianças. Considero válido o trabalho coletivo do ambiente escolar. É suma importância nestes casos à ajuda, orientação e o apoio de outros profissionais como:
Ø Psicopedagogos;
Ø Orientadores educacionais;
Ø  Coordenadores pedagógicos;
Ø  Psicólogos.
 Quando se trata de problemas ou dificuldade na aprendizagem, o profissional mais adequado é o psicopedagogo, no entanto, ambos trabalham em parceria, em troca de informações. Essas trocas de informações entre profissionais são sempre muito positivas. Surgem novos olhares, tanto em relação à leitura dos problemas quanto às possibilidades interventivas.
É possível que alunos que enfrentam problemas familiares apresentem dificuldades para aprender?
Não necessariamente. Muitos de nós conhecemos crianças e adolescentes filhos de lares conflituosos e problemáticos que aprendem bem e são alunos de destaque em muitas áreas. Conflitos familiares vão gerar problemas de aprendizagem quando a inteligência, a inteligência neste caso é entendida como a capacidade de elaborar situações por meio da lógica, do pensamento, da cognição, a qual encontra-se aprisionada pela dimensão afetiva.
Alicia Fernández nas obras “A inteligência aprisionada” e “Os idiomas do aprendente”, explica muito bem essas situações. Entretanto, normalmente, em famílias muito conflituosas, crianças e adolescentes podem sofrer de depressão, apresentar transtornos variados, mostrar-se agressivos, hiperativos, ansiosos, desatentos, agitados, violentos e acaba, apresentar conflitos na escola. Transmitindo assim, o ambiente familiar para o ambiente escolar.  Porém, não significa que tenham algum problema ou dificuldade de aprendizagem, mesmo que os sintomas apresentados perturbem seu desenvolvimento e rendimento escolar, resultando em notas baixa e consequentemente reprovação.
Você deve está aí agora se perguntando, como saber se uma criança apresenta dificuldade na aprendizagem, um TDA (Transtorno do Déficit de Atenção) ou apenas passa por um momento difícil. Parece que tem crescido a prescrição de medicamentos a estudantes que não conseguem ficar quietos na sala de aula.
Como mencionei, é preciso ter muita atenção, muito cuidado com concepções calcadas  estritamente em determinismos, achismo genéticos ou ambientais. Um problema orgânico por si só, assim como o contexto ambiental por si mesmo, não responde isoladamente às causas dos problemas de aprendizagem. Uma criança com comprometimentos orgânicos, em alguns casos, pode apresentar alguma limitação. No entanto, ainda assim, pode construir belas aprendizagens se lhe forem dadas condições afetivas, técnicas, didáticas e metodológicas que considerem suas necessidades e potencialidades.
 Baseado em minhas experiências em atendimentos, cursos, treinamentos e trocas de informações com outros profissionais demostraram que crianças e adolescentes diagnosticados com TDA (Transtorno do Déficit de Atenção) são indivíduos que têm sofrido sérios conflitos subjetivos e familiares. Conflitos sintomatizados em desatenção.
Entendemos os sintomas, em questão a desatenção aqui refere-se como um modo de dizer algo, falar de algo, uma linguagem que o sujeito usa para comunicar alguma coisa, um pedido de socorro, é fundamental que os profissionais da educação e da saúde se perguntem sobre eles. Quais as possíveis causas que levariam uma criança a se dispersar constantemente? Em que momentos e situações esse sintoma ocorre com maior frequência e intensidade? O que é atenção? O que é atender? Ser atendido? Quais as concepções teóricas ao levantar hipóteses acerca do diagnóstico de TDAH (Transtorno do déficit de Atenção com Hiperatividade)? Veja bem, TDAH é diferente de TDA.
Em relação à prescrição de medicamentos, de acordo com levantamento é alarmante o crescimento do número de crianças, adolescentes e até mesmo adultos que fazem o  uso deles. E uma das grandes preocupações que tenho é com o fato de, na maioria das vezes, não serem buscadas as verdadeiras causas que geraram e mantêm os sintomas. De muitas vezes não ser incluída nos diagnósticos e nas intervenções a visão analítica e sistêmica das situações. Enfim, de não se abrir espaços de pensamento acerca dos motivos pelos quais uma criança, por exemplo, está desatenta, dispersa. “No mundo da lua”, como costumam falar muitos educadores e pais.

Outras indagações que me preocupa são pais e educadores estão preparados para ajudar as crianças que apresentam dificuldades de aprendizagem e, assim, evitar o fracasso escolar? O que pode ser feito? No que tenho observado, a resposta é não. No entanto, ver-se uma luz no fim do túnel, tirando os achismos, as rotulações ambos já observam que tem algo errado com a criança e que essa criança necessita da ajuda de uma profissional. E quando o profissional atende e orienta-os como proceder em relação à criança eles seguem todas as orientações arisco, isso é muito bom para o desenvolvimento psicossocial e intelectual da criança. 

quinta-feira, 3 de setembro de 2015


CASTIGAR OU IGNORAR?



Reconhecer que não é fácil lidar com a agressividade, principalmente quando ela é cometida por uma criança. A queixa de agressividade em crianças pequenas é mais comum do que se possa imaginar.

 O comportamento agressivo é uma manifestação de perturbação de conduta e caracteriza-se por uma situação de conflito crônico com os coleguinhas, os educadores e os até mesmo com os pais, resultando muitas vezes em danos físicos na própria criança ou nos outros.

A agressividade na criança pode gerar agressividade no adulto, tanto verbal como com recurso a castigos físicos, o que leva a um círculo vicioso difícil de quebrar.  Todas as vezes que uma criança agressiva tenha um comportamento adequado, não agressivo, deve ser recompensada e elogiada, de modo a melhorar a sua autoestima.  Deve-se demonstrar para crianças que existem outras formas não agressivas de se relacionar com os outros e com o meio ambiente no qual ela está inserida. A criança tem que se sentir amada, segura, respeitada.



A ausência de regras e limites também é uma das principais causas da agressividade na primeira infância que acaba se estendendo até a fase adulta. Quando pais e educadores adotam uma postura passiva na educação das crianças, isto é, com ausência de regras e limites, resulta em uma excessiva tolerância que em nada contribui para a estruturação da personalidade destas crianças, que crescem com dificuldades em controlar os impulsos e de lidar com a frustração.

Crianças que não tem limite, não conhecem regras tende a ter dificuldade de lidar com um “não” quando o ouve. Tais fatores são os que mais se encontra nas crianças que são sinalizadas com comportamentos violentas, sem limites, mal educadas. Pais e educadores, quando sentem que já não conseguem controlar a situação, procuram ajuda de um especialista na área da Psicopedagogia e Psicologia, pois os reflexos desta agressividade são baixo rendimento escolar, isolamento, depressão dentre outros sintomas.


A antiga e dolorosa indagação surge, os castigos ou descansos, como queiram defini-los, será que ajudam a controlar, amenizar a agressividade ou apenas coloca mais lenha na fogueira? A quem os defenda, caso sejam aplicados de forma adequada, ou seja, se forem acompanhados, coerentes, perto da ação que os motivou e de curta duração, como 10 minutos sentado em um lugar terminado anteriormente. Podem contribuir para que a criança perceba a dimensão negativa do comportamento agressivo. Esses castigos ou descanso devem ser acompanhados de uma conversa antes e depois, durante jamais. É importante definir a quantidade de minutos que a crianças irá permanecer no descanso.

 Ressalta-se que educar, disciplinar uma criança não deve somente se limita às punições e castigos. Devem igualmente ser ensinadas formas de resistir ao impulso, de aprender a esperar, de respeitar os direitos dos outros e promover estratégias alternativas para a resolução dos problemas. A relação de confiança entre a criança e o adulto deve ser sempre estimulada. Pois a confiança deve ser a palavra primordial entre qualquer relação principalmente entre pais e filhos.

A maioria das crianças que ter comportamento agressivo tenta passar muitas vezes justificar o comportamento agressivo. As justificativas são as mais diversas possíveis como: “Não fui que comecei”, “foi sem querer”, “eu só fiz triscar nele”, ”me desculpe, nunca mais vou fazer”, “eu disse para não mexer comigo”. Educadores e pais devem está criando estratégias para frases como essas, pois elas irão sempre aparecerem após uma agressão.
 Crianças que agridem com frequência tem na maioria das vezes a autoestima baixa, é importante antes das punições a criança saber que apesar da agressividade que cometeu ela é uma criança amada, importante, inteligente, bonita e carinhosa. Todos esses elogios não mudará em nada a punição, a fazer entender que diante de todas as características que foi atribuída a ela, ela terá que ser punida, pois tudo que fazer na vida tem uma consequência, dependo das ações essas consequências poderão ser boas ou ruins.


A agressividade ocasional não é um comportamento desadequado e não deve ser motivo de preocupação. No entanto, é necessário procurar ajuda quando a criança recorre sistematicamente a este comportamento, não consegue controlar o impulso agressivo, não cede às medidas aplicadas para o modificar nem é capaz de estabelecer uma relação positiva com os adultos do seu meio ambiente, neste caso, é de suma importância procurar ajuda de um profissional.