sábado, 23 de março de 2013

OLHAR PSICOPEDAGOGICO: FRACASSO ESCOLAR NA ALFABETIZAÇÃO





           A aprendizagem da leitura e escrita constitui-se uma das tarefas básicas propostas à educação. Aparentemente simples, essa tarefa constitui, no entanto, um dos problemas educacionais da atualidade que mais chama atenção, por isso tem sido o calcanhar de Aquiles de todos. O assunto tem sido questionado por parte de pais, educadores e especialistas em educação não só no que diz respeito ao domínio da escrita propriamente dita, mas às repercussões dessa aprendizagem nos vários aspectos da escolaridade. Quando um aprendente (criança) ingressa na escola, sua primeira tarefa é aprender a ler e escrever, sendo a alfabetização o centro das expectativas de pais e educadores. Os pais a e própria criança não têm, em geral, razão para duvidarem do sucesso nessa nova aprendizagem. No entanto, o que muitas vezes os pais e educadores não consideram, é que a leitura e a escrita são habilidades que exigem do aprendente a atenção para aspectos da linguagem aos quais ela não precisa dar importância, até o momento em que começa aprender a ler e escrever. Por isso, quase todo aprendente encontra alguma dificuldade na aprendizagem da leitura e da escrita. Aprender a ler exige novas habilidades, novos desafios à criança com relação ao seu conhecimento da linguagem. Por isso, aprender a ler é uma tarefa complexa e difícil para quase todas as crianças.
       Quando os aprendentes não conseguem atender às expectativas do educador, supõe-se e conclui-se que elas têm problemas, pois a escola constrói um modelo de bom aluno, e acaba rotulando alguns aprendentes de hiperativas, dislexias e outras dificuldades. No entanto, nem todos os aprendentes tem dificuldades e sim uma rejeição do modelo e metodologia da escola e dos educadores, quando isso acontece os educadores deverão recorrem ao psicopedagogo que através de anamenesse(avalição) e atividades avaliará a situação do aprendente, o psicopedagogo verificará se trata-se de um problema de dificuldade ou rejeição a metodologia da escola e do educador ou uma dificuldade no aprendizagem.
      Outra situação que se deve levar em consideração bastante relevante se estes aprendentes não podem aprender porque não há ajuda familiar, falta de maturidade, suposta lesão cerebral mínima ou transtornos do tipo: psicomotora, na fonação, percepção visual, auditiva. Sobrecarregados de tantos males estes aprendentes acabam aprendendo que não poderão aprender, buscando estratégias de sobrevivência neste sistema, tentam adequar-se às normas e copiam do quadro mesmo sem saber como e por que. Outras se recusam a copiar, procuram outras atividades para fazer, surgindo o espaço ideal para a indisciplina. O fracasso na leitura constitui uma das principais causas de repetência ou atraso escolar. Cerca da metade dos alunos repetem o primeiro ano onde a repetência é acentuada e está intimamente relacionada com problemas no ensino e na aprendizagem inicial da leitura e escrita e, nos casos dos aprendentes provenientes de família de baixa renda, essa porcentagem tem índice mais elevado. A escola geralmente, ineficiente para introduzir os aprendentes no mundo da língua escrita, é, contudo, extremamente eficiente para conseguir fazer com que assumam a culpa de seu próprio fracasso.
       Um dos maiores danos que se pode fazer a uma criança é leva-la a perder a confiança em sua capacidade de pensar. Nesse contexto, o ensino da escrita tem se reduzido a uma simples técnica que serve e funciona num sistema de reprodução cultural. Os efeitos desse ensino são evidentes, não apenas nos índices de evasão e repetência, mas nos resultados de uma alfabetização sem sentido que produz uma atividade sem consciência, desvinculada da realidade e desprovida de sentido, tornando a escrita um instrumento seletivo, dominador e alienador. Já é bem conhecido o fato de que o fracasso escolar não se distribui democraticamente no conjunto da população. O fracasso escolar inicial, que é o da alfabetização, se concentra nas populações urbanas e rurais marginalizadas. Constitui, também, lugar comum assinalar correlações positivas entre o fracasso da alfabetização no tempo escolar requerido e fator como estado de saúde do aprendente (especialmente o nutricional e social) o nível de educação dos pais, as condições gerais de vida, etc. os educadores e a instituição escolar têm aceitado, com facilidade, a realidade de tais fatos.Sugere-se que os educadores e escolas reavaliem suas metodologia no momento que forem elaborar seus plano de ação, deve levar em consideração o aprendente e nunca esqueçam de que o aprendente já traz bagagem do meio do qual convive que poderão ser afuniladas aproveitas, e vale apena ressaltar que a escola e as metodologias é que devem se adaptar ao aprendente e não ao contrario.






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