segunda-feira, 16 de abril de 2018




A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO DOS TRANSTORNOS ESPECÍFICOS DE APRENDIZAGEM.


Um diagnóstico cuidadoso dos transtornos específicos de aprendizagem é o ponto de partida para garantir que a criança e sua família tenham acesso aos acompanhamentos mais adequados e eficientes para detectar uma dificuldade na aprendizagem seja ela uma: dislalia, dislexia, discalculia, disortografia, TODA dentre outras.  Ele permite que a criança/jovem/adulto e sua família tenham um entendimento mais preciso da natureza das dificuldades e habilidades que apresentam, podendo assim, buscar soluções mais eficientes para se superar tais dificuldades.
Este processo também tem um papel essencial  de discriminar quadros que parecem, mas não necessariamente caracterizam um transtorno específico de aprendizagem. Estes são os chamados diagnósticos diferenciais, (ou confundidores) que precisam ser esclarecidos, afinal o não aprender pode decorrer de inúmeros fatores.
A ausência de um diagnóstico ou ainda, um diagnóstico equivocado pode causar desgaste emocional e financeiro a toda a família, além de desviar pais e educadores da busca por soluções mais adequadas para o desenvolvimento do indivíduo. 
O diagnóstico multidisciplinar dos transtornos de aprendizagem permite uma melhor definição do perfil cognitivo do individuo, bem como a identificação precisa do seu estilo de aprendizagem, tipo e gravidade das dificuldades que o impactam. Como consequência, torna mais eficaz o acompanhamento escolar e o tratamento realizado por especialistas da saúde.
POR QUE O DIAGNÓSTICO MULTIDISCIPLINAR?

O diagnóstico multidisciplinar dos transtornos específicos de aprendizagem é realizado por uma equipe composta por profissionais de diversas especialidades. Recomenda-se que a equipe seja constituída por, no mínimo, um psicopedagogo, neuropediatra, fonoaudiólogo, psiquiatra. Com essa equipe atuando de forma integrada é possível investigar com mais precisão os diferentes aspectos envolvidos no processo de aprendizagem.
É de suma importância que a equipe interdisciplinar se reúna e compartilhe os resultados de suas avaliações especializadas para que possa ser fechado um diagnóstico representativo das áreas investigadas. Isso é diferente de realizar diversas avaliações, sem troca de informações entre os profissionais. Neste último caso, podemos ter avaliações parciais, que não representam o conjunto das dificuldades de aprendizagem daquela determinada criança. O papel da família e da escola é extremamente importante, pois eles podem fornecer informações complementares cruciais para que o quadro seja bem definido durante a avaliação.
A equipe que realizar o diagnóstico deve, ao final do processo, apresentar à família um relatório com as informações relevantes obtidas ao longo da avaliação e as orientações gerais para acompanhamento, quando necessário. Também deve ser oferecida à escola um relatório da avaliação, contemplando sugestões de estratégias de ensino que melhor atendam às dificuldades do indivíduo, ressaltando os pontos positivos observados, que podem ser explorados (ou potencializados) durante o processo ensino-aprendizagem.

ONDE REALIZAR A AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA MULTIDISCIPLINAR?



Os interessados deverão procurar um profissional da área acima mencionado ou entrar em contato com este espaço, estamos à inteira disposição e temos opções de lugares e horários para atendimentos.  Dentre nossos objetivos,  destacam-se os programas para a formação e atualização de profissionais da educação e saúde, visando à construção de uma rede de apoio à pessoa com transtorno específico de aprendizagem.
Reitero, Caso haja interesse em realizar uma  avaliação diagnóstica multidisciplinar é necessário contatar diretamente estes blog  para obter informações sobre a disponibilidade de horário e local do atendimento.

sábado, 14 de abril de 2018




                                                            DISLALIA


DISLALIA é um dos transtornos mais frequentes que aparecem nas crianças. Trata-se de um transtorno na articulação dos fonemas, que faz com que as crianças pronunciem incorretamente os fonemas ou grupos de fonemas.          Quando as crianças começam a falar é normal que não o façam corretamente, no entanto, a partir de determinada idade a linguagem deveria ser aperfeiçoada e a criança deveria melhorar sua pronúncia. Mas isto nem sempre ocorre e são fundamentalmente as instituições educativas que detectam este transtorno. Com um tratamento adequado, dislalia tende a melhorar e as crianças têm um prognóstico muito positivo. Existem diferentes tipos de dislalia, vejamos alguns tipos para podermos diferenciar e/ ou identificar.



 Dislalia orgânica ou anatômica: Este tipo de dislalia é consequência de uma má-formação ou imaturidade do aparelho fonador. Pode ser devido a uma fissura no paladar ou devido a uma fissura no lábio, o que se conhece como lábio leporino. Também pode ser devido a defeitos na estrutura óssea dos maxilares ou devido a um freio lingual excessivamente curto ou grosso.

Dislalia funcional: É quando não existe nenhuma alteração orgânica, no entanto, existe um funcionamento inadequado dos órgãos articulatórios. Nestes casos, a criança usa de forma incorreta estes órgãos quando deve articular um fonema. Isto pode ser devido a diferentes causas, como por exemplo: falta de controle na psicomotricidade fina, déficit na discriminação auditiva, déficit na estimulação linguística, entre outras.

Dislalia audiógena: Este tipo de dislalia tem a ver com uma deficiência auditiva. A criança não escuta corretamente, fazendo com que articule os fonemas de forma incorreta. Ao tentar reproduzir os fonemas que ouve, faz de forma incorreta já que não pode diferenciar corretamente o que está ouvindo.

Dislalias por alteração na aprendizagem: Existem diferentes causas para este tipo de dislalia, entre as quais encontramos os fatores ambientais (falta de estimulação por parte dos pais, das instituições educativas, etc.), fatores psicológicos (traumas emocionais, falta de afeto, violência psicológica, etc.) e problemas intelectuais.

Erros: Como mencionamos anteriormente, a dislalia é um transtorno na articulação dos fonemas. Existe o que se conhece como classificação de erros, que tem a ver com os tipos de erros apresentados na dislalia. Assim encontramos a omissão, a substituição, a distorção, adição e a inversão.

Omissão, substituição e distorção: No caso da omissão, como diz seu nome, a criança costuma ignorar os fonemas que acha difíceis, como por exemplo, diz "lapi" ao invés de dizer "lápis". Quanto à substituição, o que faz é substituir um som por outro, por exemplo, diz "tasa" ao invés de dizer "casa". Na distorção, a criança emite um som parecido ao que corresponde mas incorreto, por exemplo, "cardo" ao invés de "carro".

Adição e inversão: Quanto á primeira a criança costuma intercalar, conjuntamente com o som que não pode articular outro som que não corresponde com a palavra; por exemplo, diz "parato" ao invés de dizer "prato". Quanto à inversão, o que se produz é uma mudança na ordem dos sons, como por exemplo, ao invés de dizer "caderneta" diz "cardeneta".