quarta-feira, 29 de maio de 2013

TCC DE PÓS-GRADUAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL.




 UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ-UVA.
 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA INSTITUCIONAL COM DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR
  

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL.


Trabalho requisitado pela Universidade Estadual do Vale do Acaraú-UVA como requisito para obtenção do Curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia Institucional e Clinica com Docência no Ensino Superior.

TERESINA-PI
NOVEMBRO/2009

IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL

RESUMO

Este artigo intitulado “A Importância do Lúdico no Processo Ensino Aprendizagem na Educação Infantil”, teve como objetivo investigar as estratégias lúdicas operacionalizadas pelas professoras na educação infantil, visto que, através delas a criança reproduz muitas situações vividas em seu cotidiano, as quais, pela sua imaginação, são reelaboradas. Para tanto, utilizou-se de pesquisa bibliográfica e de campo com abordagem qualitativa, a coleta de dados realizou-se através do questionário direcionado a quatro professoras da educação infantil. O campo da pesquisa foi uma escola publica municipal, localizada na zona urbana de Timon-MA. A discussão e analise dos dados foi realizada de acordo com o referencial teórico estudado e obteve-se como conclusão que diante da realidade atual o professor deve mudar sua prática pedagógica, priorizando o uso das atividades lúdicas como ferramenta indispensável ao processo educacional, sendo necessário e importante que a escola implante no seu currículo o uso das atividades lúdicas, bem como oferecer aos professores condições necessárias para que possam desenvolver bem essas atividades, de modo a garantir uma aprendizagem criativa e significativa.



PALAVRAS-CHAVES: Lúdico. Educação. Infantil. Ensino-Aprendizagem

ABSTRACT
The article entitled "the importance of play in the teaching learning in early childhood education ", aimed to investigate the playful strategies operationalized by teachers in education children because, through them the child reproduces many situations
experienced in their daily lives, which, by their imagination, they are
reworked. To this end, we used literature search and
field as a qualitative approach to data collection was conducted over
questionnaire directed to four teachers of early childhood education. The
field of research was a public school, located in
Urban Timon-MA. The discussion and data analysis was performed
According to the theoretical study and obtained as a conclusion that
before the current reality teachers should change their pedagogical practice,
prioritizing the use of play activities as an indispensable tool to
educational process, is necessary and important that the school implant
in its curriculum the use of play activities, as well as offer
conditions for teachers who can develop and these
activities, to ensure a meaningful and creative learning.

KEY WORDS: Recreation. Education. Child. Teaching-learning

INTRODUÇÃO

As atividades lúdicas ocupam lugar privilegiado no universo infantil e têm, ao longo da história, despertado o interesse de pesquisadores de vários campos do conhecimento. A utilização do lúdico no processo pedagógico faz despertar o gosto pela vida e leva as crianças a enfrentarem os desafios que lhe surgirem. A convivência de forma lúdica e prazerosa com a aprendizagem proporcionará à criança estabelecer relações cognitivas às experiências vivenciadas, bem como relacioná-la as demais produções culturais ou simbólicas, conforme procedimentos metodológicos compatíveis a essa prática.
Partindo desse contexto, questionou-se qual a concepção do lúdico para os professores de educação infantil? E buscou-se respostas para outros questionamentos tais quais; a) Quais as atividades lúdicas desenvolvidas em sala de aula? b) De que modo a ludicidade pode contribuir na melhoria do processo de ensino-aprendizagem?
Diante da realidade existente na sala de aula, ausência da freqüência do lúdico, acredita-se que o professor possa priorizar o uso das atividades lúdicas como ferramenta indispensável ao processo educacional.
Nessa perspectiva, esta pesquisa teve como objetivo geral investigar as estratégias lúdicas operacionalizadas pelas professoras na educação infantil. Para o alcance desse objetivo foram delimitados como objetivos específicos: a) identificar a relação entre ludicidade e a educação infantil; b) enumerar as práticas lúdicas no processo de aprendizagem da educação infantil.
Este trabalho justifica-se pela necessidade de compreender o papel do lúdico como ferramenta significativa para um aprendizado de qualidade nas instituições de ensino.
O procedimento metodológico da presente pesquisa iniciou com o estudo bibliográfico fundamentado em Benjamin (1985), Macedo (2004), Marcellino (1990) e outros, em um segundo momento aconteceu a pesquisa de campo com abordagem qualitativa, realizada em uma escola pública municipal em Timon – MA. Teve como sujeitos da pesquisa quatro professoras do ensino infantil da referida escola. Para a coleta de dados utilizou-se a técnica do questionário, com perguntas abertas, com o intuito de compreender a concepção das professoras entrevistadas  quanto ao lúdico na educação infantil.
No contexto dessa pesquisa procura-se mostrar a importância do lúdico no processo ensino aprendizagem na educação infantil como recurso didático-pedagógico.

2. A Ludicidade e a Escola

A preocupação em trabalhar a formação da criança através de atividades lúdicas não é recente. A história da antiguidade apresenta relatos que revelam o interesse pelo uso dos meios lúdicos no processo de ensino aprendizagem.
De acordo com Fontana (1997) o lúdico promove a formação através do uso e indução à própria criatividade, da auto-realização, do prazer em aprender brincando. Com a ludicidade o educando se expõe no seu mais intimo, não fugindo da realidade. Dessa forma, as atividades lúdicas são de fundamental importância para o desenvolvimento integral da criança, tendo em vista que elas estimulam a socialização, a criatividade, a iniciativa e a autonomia, nos aspectos cognitivos, afetivos, físicos e sociais.
O papel do educador nesse contexto é orientar os educandos, propiciando-lhes instrumentos para a busca do conhecimento de forma dialógica. Para Freire (1989. p. 96) “(...) o educador deve ser aquele que observa, colhe os dados, trabalha com eles.” Os espaços dentro das instituições infantis devem ser acolhedores, desafiadores e planejados segundo uma intencionalidade pedagógica. Conforme Barbosa e Horn,
Os espaços internos não podem ser vistos como pano de fundo, e sim como parte integrante da ação pedagógica, devendo, portanto, ser cuidadosamente planejados, visto constituírem um fator que vai permitir às crianças muitas interações e, em conseqüência, novas aprendizagens, principalmente por meio do brincar. (1998, p. 16)
Na fala das autoras percebe-se a importância da atividade lúdica, do brincar na escola e na infância, pois proporciona desenvolvimento e aprendizado ao indivíduo que brinca.

2.1 A Ludicidade, a Criatividade e a Socialização
Brincar é típico da criança, pois é uma atividade intrínseca e espontânea.
“É na brincadeira que ela encontra sentido para a vida, é nela que as coisas se transformam e são construídas de muitos modos e repetidas tantas vezes quanto à criança quiser.” (MACEDO, 2004, p.11)
Assim a brincadeira faz parte do universo escolar, nas mais diversas modalidades de ensino, pois são atividades que levam a criança a imaginar, criar, imitar os acontecimentos, vivenciados no seu dia-a-dia, com criatividade.
A atividade lúdica é muito importante no processo de socialização. É primordial que o brinquedo, o jogo e o lazer marquem sempre um encontro com a criança na sala de aula. A brincadeira pode ser entendida como um diálogo simbólico entre as crianças e a realidade em que está inscrita. Benjamin (1985, p. 9), sinaliza “a criança quer puxar alguma coisa e torna-se cavalo, quer brincar de areia e torna-se pedreiro, quer esconder-se e torna-se ladrão ou guarda”.
Portanto, as atividades lúdicas, para o autor devem incitar e exercitar a imaginação das crianças além de criar uma situação de aprendizagem. A criação de bonecos, por exemplo, é uma brincadeira em que se aprende a compartilhar e a respeitar opiniões diferentes.
O lúdico faz parte do processo educativo na mesma medida em que alia ao conhecimento a criatividade, o cotidiano a fruição. Assim se manifesta Marcellino,
[...] o brinquedo, o jogo [...] através do prazer, o brincar possibilita á criança a vivência de sua faixa etária e ainda contribui de modo significativo para a sua formação como ser realmente humano, participante da cultura, da sociedade em que vive [...] a vivência do lúdico é imprescindível em termos de participação cultural e, principalmente, criativa. (1990, p. 72)
É importante acionar na criança o seu meio de expressar fundamentalmente a expressão simbólica de experiências e desejos. É preciso considerar que não existe uma criança, mas muitas crianças com vivências diferenciadas. Macedo diz que:
Representar é uma nova forma de assimilação que expressa a qualidade simbólica de nossa inteligência. O símbolo é qualquer palavra, gesto, objeto ou índice que tem a propriedade de reunir, de recuperar aquilo que partiu que não é ou está presente. (2004, p. 121)
Dessa forma, o faz de conta é essencial ao desenvolvimento da criança, pois é pelo brincar que as crianças se expressam e comunicam-se. O lúdico como meio de criatividade é um instrumento fundamental no desenvolvimento da criança, pode e deve estar inserido no processo de aprendizagem.
Para Weiss (1993, p.26) “a criança aprende brincando continuamente”. Portanto, é através do brincar que se inicia o processo de socialização da criança, aprendendo a relacionar-se com outros, além de compreender o mundo que o cerca e desenvolver suas capacidades cognitivas e motoras.

2.2 A Importância do Lúdico no Processo Educativo

As brincadeiras, ao longo dos tempos, fazem parte da história da humanidade e representa a expressão das diversas culturas, revelando as peculiaridades de cada grupo social.
A Declaração Universal dos Direitos da Criança (aprovada em 1959, pela Assembléia geral das Nações Unidas), no Artigo 7: ao lado do Direito à Educação enfatiza que :
(...) toda criança terá direito a brincar e a divertir-se, cabendo à sociedade e às autoridades públicas, garantir a ela o exercício pleno desse direito.
Nesse sentido, a criança necessita experimentar emoções e vivências comuns, aprendendo a respeitar regras e dividir os espaços na convivência com o outro.
  De acordo com Hermida (2008, p. 92), a escola aprensenta-se como um espaço propício a essas atividades e a sala de aula o meio para efetivação desse direito, em que o professor exerce um papel de mediador, ajudando a criança a construir e ampliar o conhecimento, usando o lúdico como importante instrumento na elaboração de situações significativas de aprendizagem, para que ao brincar o aluno tenha oportunidade de aprender. Piaget (1975, p. 22) diz que:
Nas brincadeiras a criança desenvolve a criatividade através do faz-de-conta e trabalha o que tem de mais sério, necessário e vital, para o crescimento e o desenvolvimento da personalidade e da vida. Na medida em que favorece o processo da criança, o brincar enriquece os espaços de aprendizagem.
Assim sendo, o professor precisa privilegiar um ambiente destinto, preparado para promover a realização de jogos e brincadeiras e assim despertar a emoção e o imaginário.
O lúdico apresenta valores específicos para todas as fases da vida. Logo, na idade infantil e na adolescência, a finalidade é essencialmente pedagógica. A criança e até mesmo o jovem opõe uma resistência à escola e ao ensino, porque acima de tudo o ensino tradicional não tem se apresentado de maneira lúdica e não prazeroso.
Para Snyders (1996), o sentido verdadeiro da educação lúdica, só estará garantido se o professor estiver preparado para realizar-lo e tiver um profundo conhecimento sobre os fundamentos da mesma. A formação oportuniza o professor não só o saber da sua sala de aula possibilita também, o conhecer as questões da educação, as diversas práticas analisadas na perspectivas histórica, sócio-cultural.
Segundo Hermida (2008), existem inúmeras possibilidades de incorporar a ludicidade na aprendizagem. Para que uma atividade pedagógica seja lúdica é importante que permita a fruição, a decisão, a escolha, as descobertas e as soluções por parte das crianças e dos adolescentes, do contrário, serão compreendidas apenas como mais um exercício.
Só assim, percebe-se o lúdico uma concepção teórica profunda e uma concepção prática, atuante e concreta, em que organizando rotinas o professor poderá desenvolver a autonomia e as interações entre crianças, criando espaço em que a vida pulse, onde se construam ações conjuntas, amizades sejam feitas e criem-se culturas, colocando à disposição das crianças matérias e objetos para descobertas e ressignificações.
3. Materiais e Métodos
Para realização deste trabalho optou-se pela pesquisa qualitativa que de acordo com Marconi e Lakatos (2006, p. 53), coloca o pesquisador como parte integrante do cotidiano escolar, sem distanciamento formal. Além de um questionamento e um diálogo permanente com o referencial teórico do trabalho.
Realizou-se ainda uma pesquisa de campo, que para Gonsalves (2003, p.68), “preocupa-se com a interpretação do fenômeno, considerando o significado que os outros dão às suas práticas”. Todos os dados coletados no decorrer da pesquisa foram considerados de utilidade para uma melhor compreensão do fenômeno estudado. Por isso, escolheu-se o questionário com perguntas abertas, que segundo Marconi e Lakatos (2006, p. 69), economiza tempo, obtém respostas mais rápidas e precisa, há maior liberdade nas respostas, em razão do anonimato.”
          O campo da pesquisa foi uma escola pública municipal localizada na zona urbana da cidade de Timon – MA. A escola atende nos turnos manhã, tarde e noite, e oferece Educação Infantil, Ensino Fundamental de 1º ao 5º ano e Educação de Jovens, Adultos e Idosos – EJAI.
          Os sujeitos da pesquisa são quatro professoras do Ensino Infantil, todos possuem formação superior e mais de cinco anos como docentes nessa modalidade de ensino.

4. Análise e Discussão dos Resultados
Os resultados colhidos através do questionário aplicado contemplam os seguintes entendimentos e análises.
Quanto ao primeiro questionamento da investigação, a respeito da concepção que as professoras têm do lúdico, as respostas das quatros entrevistadas convergem para as seguintes compreensões: ferramenta importante no desenvolvimento psicossocial da criança; metodologia que envolve habilidades específicas de aprendizagem na criança; atividades que propiciam conhecimento, integrando a ação o pensamento e o sentimento.
            Através dessas falas percebe-se que o lúdico é entendido como um caminho para uma aprendizagem significativa, e poderia ser muito mais. De acordo com Ocampo (1995, p. 98) a ludicidade pode ser uma ponte facilitadora da aprendizagem se o professor pudesse pensar e questionar sobre sua forma de ensinar.
          Quando questionadas sobre as estratégias lúcidas operacionalizadas, as professoras colocavam: jogos e brincadeiras que atendam aos objetivos dos conteúdos propostos. De acordo com Vygotsky (1984, p. 52), “é brincando, jogando, que a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor. Seu modo de aprender e entrar em uma relação cognitiva com o mundo de eventos, peças, coisas e símbolos”. Então, ao usar educação infantil o professore deve estar atento às atribuições do relevante papel ao ato de brincar na construção do pensamento infantil.
          A seguir as professoras foram perguntadas sobre a relação entre ludicidade e a educação infantil e obteve-se como respostas: “a formação através da criatividade, da auto-realização, do prazer em aprende...; “melhorar a personalidade da criança”; “aliar a brincadeira ao conhecimento de maneira prazerosa”. De acordo com Redin (2009, p. 50):
[...] no período da educação infantil deverão ser viabilizados ao ritmo do psiquismo infantil, com a alegria da descoberta, da surpresa, do espanto, do acanto, do belo, do novo, do prático, do tático, do cooperativo, do original no coletivo, do lúcido, do harmonioso, surpreendente mundo autenticamente humano.
            Isso mostra as relações que a escola infantil pode estabelecer com a ludicidade, mostrando que a escola deve ser um espaço prazeroso, criativo e crítico.
            Com relação às práticas lúcidas no processo de aprendizagem da educação infantil, foram colocados: “jogos, brincadeiras, músicas, leitura infantil, parlendas, quadrinhos, teatros de bonecos de pano, uso de fantoche”. Rosamilha (1997, p. 52) enfatiza que:
O objeto, sons, movimentos, cores, figuras, pessoas, tudo pode virar brinquedo através de um processo de interação em que funcionam como alimentos que nutrem a atividade lúcida, enriquecendo.
            O afeto também pode ser uma maneira eficaz de se chegar perto do sujeito e a ludicidade, em conjunto, um caminho estimulador e enriquecedor para se atingir uma totalidade no processo de aprender, e aprender brincando.       Através dessas práticas as crianças adquirem estabilidade emocional para se envolver com a aprendizagem.
            Questionadas quando os jogos e as brincadeiras nas atividades educacionais devem ser realizadas, os sujeitos da pesquisa colocaram que devem ser aplicadas semanalmente, uma vez que em sua grande maioria eles só fazem uso desse recurso uma vez por semana, o que vem contrariar o pensamento de Rêgo (2001, p. 80) que enfatiza que o lúdico é um significativo promotor do desenvolvimento, nos fazendo pensar que seu uso deve ser aplicado no cotidiano escolar, em coerência com os conteúdos, os temas trabalhados em sala de aula:  
[...] considera o brinquedo uma importante fonte de promoção de desenvolvimento. Apesar do brinquedo não ser o aspecto predominante da infância, ele exerce uma enorme influência no desenvolvimento infantil.
            A criança que inicia sua educação através do lúdico tende-se a desenvolver melhor em todos seus aspectos, pois o lúdico tem o poder de melhorar sua compreensão. O brincar vem ampliando sua importância, deixando de ser um simples divertimento e tornando-se ponte entre a infância e a vida adulta. Seu uso é favorecido pelo contexto lúdico, oferecendo à criança a oportunidade de utilizar a criatividade, o domínio de si, a formação da personalidade e o imprevisível.


CONCLUSÃO

            O objetivo desse trabalho foi investigar as estratégias lúdicas operacionalizadas pelos professores na Educação Infantil, onde se percebe que as mais utilizadas são os jogos e as brincadeiras, estratégias que oportunizam a descoberta de si mesmo e dos outros.
            Percebeu-se nas falas das professoras que a relação ludicidade, Educação Infantil está principalmente em aliar a brincadeira ao conhecimento de maneira prazerosa, utilizando a linguagem que a criança conhece e gosta: o brincar.
As práticas lúdicas utilizadas no processo de aprendizagem educacional vão da brincadeira à história infantil, proporcionando na criança uma aprendizagem significativa. Os professores vêem o lúdico como uma ferramenta indispensável no desenvolvimento da criança, devendo, para isso, ser bem utilizado pelo professor. Ao mesmo tempo, tornar-se imperativo que o professor trabalhe com essa ferramenta de acordo com as necessidades dos seus alunos.
 Sendo, portanto, as atividades lúdicas uma necessidade da criança, cabe ao professor oportunizar a seus alunos atividades interessantes que os levem a uma aprendizagem mais significativa. Assim, é fundamental e necessário que a escola implante no seu currículo o uso das atividades lúdicas, bem como oferecer aos professores condições necessárias para que possam desenvolver bem essas atividades, de modo a garantir uma aprendizagem mais criativa.


REFERÊNCIAS

BARBOSA, M. C; HORN, M. G. Organização do tempo e do espaço na escola infantil. Porto alegre: UFRRGS, 1998. 
BENJAMIM, W. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo: Summus, 1985.
FONTANA, R. Psicologia e trabalho pedagogo. São Paulo: 1997.
FREIRE, P. Por uma pedagogia da pergunta. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1989.
GONSALVES, E. P. Conversa sobre indicação à pesquisa cientifica. Campinas: Ed. Alínea, 2003.
HERMIDA, J. F. Educação infantil: políticas e fundamentos. João Pessoa: editora Universitária, 2008.
MACEDO, L. Faz de contas na escola: a importância do brincar. Pátio da educação infantil. Porto Alegre, nº 3, dez-2004.  
MARCELLINO, N. C. Pedagogia da animação: São Paulo: papirus, 1990.
MARCONI, M. A; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia cientificam. São Paulo: atlas, 2006. 
OCAMPO, M. L. O processo psicodiagnóstico e as técnicas projetivas. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
PIAGET, J. A função semiótica ou simbólica. In: A psicologia da criança. Lisboa: Moraes, 1975.
REDIN, E. O espaço e o tempo da criança: se der tempo à gente brinca. Cadernos educação Infantil. Porto alegre: mediação, 2009.
RÊGO, T. C. Uma perspectiva histórica cultural da educação. Petrópolis: vozes, 2001.
ROSAMILHA, N. Psicologia do jogo e aprendizagem infantil: São Paulo: Pioneira, 1997. 
SNYDERS, G. Alunos felizes. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
VYGOTSKS, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984. 
WEISS, L. Brinquedo e engenhocas: atividades lúdicas com sucatas. São Paulo: Sepione, 1993.
UNICEF, Declaração Universal dos Direitos  Crianças: 1959.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

COMO DIAGNÓSTICA MEU APRENDENTE?


Ao termino do curso de pós-graduação em Psicopedagogia o Psicopedagogo sair com varias indagações que é normal em um profissional. Vejamos as principais: 
Ø     E agora, como diagnóstica meu aprendente?
Ø     O que fazer para diagnosticar um aprendente com dificuldade no aprendizado? Como vou saber que atividade aplicar para ajuda-lo?
Quando falamos em diagnóstico, devemos ter em mente o que é um problema de aprendizagem, devemos medite a historia de vida do aprendente que serão a base do analise Psicopedagógico. Por esta razão quando dizemos que estamos fazendo um diagnóstico temos que saber o que estamos diagnosticando. Esta indagação servirá de impulso para as respostas.
 Assim podemos pensar que iremos tratar e que tipo de problema de aprendizagem durante o diagnóstico Psicopedagógico. Segundo Sampaio: “O diagnostico é como montar um quebra- cabeça, pois, á medida se encaixa as peças vão se descobrindo o que há por trás destes sintomas as peças serão oferecidas pela família, pela escola e pelo o próprio sujeito”
Deve-se levar em consideração as parcelas que compõe o diagnostico e os itens a ser observados os problemas:
Ø     Onde ele é e foi gerado, e onde ele estar sendo significativo. Na família? Na escola?
Ø      Na criança e no seu meio social impossibilitando as relações interpessoais do aprendente?
 Nesta etapa o olhar psicopedagógico deve esta atento e agir como um investigador, buscando resposta para tal indagação na busca do que esta invisível, nas entre linhas no que não foi relatado pelo o sujeito e seus responsáveis.
PRIMEIRO PASSO EM BUSCA DESTE DIAGNOSTICO É ESTAR ATENTO AS PERGUNTA:

ü     Por que este sujeito não aprende?
ü     O que estar impedido seu desenvolvimento?
ü     Quais aspectos emocionais norteiam esta relação?
ü     Por que o aprendente encontrasse inibido do que diz respeito a suas potencialidades?
 De acordo com a queixa apresentada, pelos pais ou pelo próprio sujeito e muitas vezes a escola, que encaminhara o aprendente para o atendimento psicopedagógico.

 ESTRUTURA DE ANÁLISE PSICOPEDAGÓGICO.

Segundo Sampaio (pag., 17, 2009): “O diagnostico psicopedagógico clinico tem como objetivo identificar as causas dos bloqueios que se apresentam nos sujeitos com dificuldade de aprendizagem”. Estes bloqueios apresentam-se por meio de sintomas que podem se manifestar de diferentes maneiras, baixo rendimento escolar, agressividade falta de concentração, inquietude etc .

A ANÁLISE PSICOPEDAGÓGICO.

Essa análise psicopedagógico buscar colher informações como:
ü Motivo da consulta;
ü Procura do Psicopedagogo;
ü Indicação;
ü Atendimento anterior;
ü Expectativa da família e da criança;

ESCLARECIMENTO SOBRE O TRABALHO PSICOPEDAGÓGICO:

ü Definição de local;
ü  Data e horário para a realização das sessões e honorários.

A HISTÓRIA DE VIDA OU ANAMNESE PSICOPEDAGÓGICA.

A história de vida ou anamnese psicopedagógica é uma técnica direcionada aos pais ou responsável, que pode ser aplicada em diferentes momentos, tanto antes quanto após a entrevista inicial com o aprendente (aluno), dependendo da necessidade. De acordo com Porto (2009), “constitui-se em um instrumento muito útil para o processo diagnóstico, pois auxilia a investigação do objeto focal [...] as possíveis causas das dificuldades de aprendizagem do sujeito.” Este instrumento (anamnese) permite a obtenção e analise de dados, desde a concepção ao momento atual da vida do aprendente, considerando que se trata de uma investigação profunda e detalhada.
Através da anamnese é possível levantar hipóteses que poderão justificar a defasagem do individuo, bem como nos auxiliar na seleção de outros instrumentos do diagnóstico, com base nas hipóteses levantadas.
A interpretação da história de vida ou anamnese psicopedagógica é fundamental, por subsidiar o levantamento das hipóteses e o delineamento da investigação, ou seja, o que se aplicará em outras investigações. A anamnese é o que poderíamos dizer  o fio da meada, a linha norteadora do Psicopedagogo.





domingo, 19 de maio de 2013

DIFICULDADE NO APRENDIZADO É COISA SERIA


É possível perceber desde cedo que a criança tenha dificuldades no aprendizado  ou algum transtorno mais sério. Se a criança não tem êxito na escola, ou seja, sempre estar tirando notas abaixo da media, não consegui ler  com clareza ou não consegui acompanhar a turma, o primeiro passo se for o educador que perceba é conversar com os pais, caso seja os pais que percebam converse com os educadores, para saber se os problemas de aprendizado são pontuais ou já persistem há algum tempo.
Outra ação, recomenda  é checar se a visão e audição da criança estão bem. Quem não enxerga o que está no quadro e nos cadernos ou não ouve a professora não aprende. Eliminando a chance de algum problema sensorial, é hora de buscar indícios de distúrbios de aprendizado.

Confira algumas dicas:

> O primeiro e mais claro sinal de dificuldades no aprendizado ou transtornos é o baixo desempenho  escolar. Procure saber se seu filho está sempre atrás em relação aos colegas, tem notas muito baixas ou não consegue aprender conteúdos básicos como: ler pequenos textos, interpretá-los, resolver problemas relacionado as 04 operações matemáticas;
> A criança que tem desempenho médio, mas realiza um esforço extraordinário ou faz tudo com lentidão acentuada também deve ser observada;
> Fique de olho se há quedas inesperadas no desempenho. Alunos com leves problemas no processamento de informações, por exemplo, podem aprender a ler, mas têm dificuldades quando as exigências em torno da compreensão de leitura aumentam. 
> Seu filho enrola  ao máximo para começar a fazer a tarefa de casa? Quando senta para estudar  dar muitas desculpas como pegar lápis, bebe agua, fazer xixi. Pode ser uma forma de se poupar de fazer tarefas que são penosas ou impossíveis para ele;
> Observe ainda se seu filho faz atividade com pressa, deixando-as incompletas;
> Reclamações de cansaço, dor de estômago e outros incômodos para não ir à escola podem indicar desconfortos relacionados ao estresse; 
> Queixas gerais sobre a escola, como dizer que os colegas são chatos, que a professora é injusta, que os amigos brigam com ele também devem ser observadas; 
> Se seu filho se queixa de que as atividades são muito difíceis ou que as aulas são entediantes, ele pode estar com dificuldades para acompanhar a turma. 
> Dependendo do temperamento da criança, as dificuldades de aprendizagem podem ter reflexos no comportamento e em seu humor. Problemas como medo, raiva ou ansiedade excessiva deve ser investigados, assim como atitudes antissociais e escapistas; 
> Perda de confiança e de autoestima são os efeitos colaterais mais comuns de dificuldades de aprendizagem.
 Estudantes com baixo desempenho a longo prazo tendem a se ver como incapazes de aprender. Fique atento quando ouvir de seu filho frases como: “Sou burro mesmo”, “Não tenho jeito”, “Não consigo fazer nada direito”,” ninguém gosta de mim”.



quarta-feira, 15 de maio de 2013

TESTE PARA CRIANÇA HIPERATIVA.


A hiperatividade é um dos componentes mais conhecidos do TDAH – (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).   Acriança hiperativa mostra atividade maior que outras crianças da mesma idade. É comum as crianças serem ativas, sem que isto seja uma hiperatividade anormal ou patológica. A diferença é que a criança hiperativa mostra um excesso de comportamentos, em relação às outras crianças, além de dificuldade em manter a concentração, impulsividade e agitação. A criança hiperativa é um desafio para seus pais, familiar e professores. Elas são o que muitos chamam de elétrica, não param um segundo há não ser quando estão dormindo e mesmo dormindo muitas vezes se agitam, se mexem muito.
As crianças hiperativas são crianças muito inteligentes, mais acabar não se desenvolvendo tão bem quanto sua inteligência devido à falta de concentração. Não respeitam limites e tão pouco regras. Temos que termos muito cuida, pois nem todo criança inquieta é hiperativa, criança normal, saudável, alegre, feliz é levada. Correr, pular e gritar é normal, o que não é normal se for em excesso.

   
1. Seu filho fala muito e muda de assunto rapidamente, sem terminar o tema anterior? 
( ) Sim ( ) Não

     2. A escola costuma fazer queixas de que seu filho não tem atenção nas aulas e se distrai com muita facilidade? 

( )Sim ( ) Não

     3. Seu filho sente muita dificuldade em terminar as tarefas escolares é sempre precisa de ajuda? 

( )Sim ( ) Não

     4. Ele é desorganizado com seus objetos pessoais, roupas, brinquedos é material escolar?

 ( )Sim ( ) Não

      5. Ele constantemente inventa atividade com algum grau de perigo?

 ( )Sim ( )Não

     6. Seu filho realiza as atividades sempre com muita pressa é desinteresse? 

( )Sim ( ) Não ) 

RESULTADO: 


Maioria das respostas SIM:

  •  Seu filho pode estar apresentando sintomas de hiperatividade. Esse excesso de agitação pode comprometer a vida da criança e trazer prejuízos a nível escolar, familiar e social. 
Maioria das respostas NÃO: 
  • Seu filho apresenta equilíbrio emocional, sendo um bom aluno é convivendo bem com a família é com os amigos. Ele sabe respeitar regras e tem limites bem definidos, o que facilita o relacionamento com as demais pessoas e o aprendizado.

        Outros pontos importantes a ser observado para identificar  uma crianças  hiperativa:

·                        Ele esfrega frequentemente as mãos ou os pés ou fica se contorcendo na cadeira (agitação);
·                        Apresenta dificuldade para permanecer sentada quando lhe é exigido;
·                        Distrai-se facilmente com estímulos externos;
·                        Apresenta dificuldade para esperar a sua vez em jogos ou situações de grupo;
·                        Frequentemente, deixa escapar impulsivamente as respostas antes que as perguntas sejam concluídas;
·                        Apresenta dificuldade para seguir instruções de outros, mesmo quando ela as compreende e não tenta contrariá-las;
·                        Apresenta dificuldade para manter a atenção em tarefas ou em atividades lúdicas;
·                        Frequentemente passa de uma tarefa incompleta a outra;
·                        Apresenta dificuldade para brincar tranquilamente;
·                        Frequentemente ela fala excessivamente;
·                        Frequentemente ela interrompe ou incomoda os outros;
·                        Frequentemente ela parece não escutar o que está sendo dito;
·                        Frequentemente ela perde as coisas necessárias para tarefas ou atividades na escola ou em casa;
·                        Frequentemente ela envolve-se em atividades físicas perigosas sem levar em consideração as possíveis consequências.




domingo, 12 de maio de 2013

EDUCADORES, CUIDADO COM AS ROTULAÇÕES!


          Atualmente o TDA / TDAH (Transtorno do Défit de Atenção/ Transtorno do Défit de Atenção Hiperatividade) é um dos temas mais citados nos meios educacionais e clínicos, com conceito bem específico: criança desatenta, desorganizada e inquieta.
        Antes que as crianças sejam taxadas de Hiperativas é necessário constar, analisar que a infância e a adolescência são fases de inquietude, de buscas por respostas, uma verdadeira desorganização emocional, pensamentos, seguidas pelos sintomas da desatenção. Desatenção do que não está sendo assimilado ou contextualizado ao seu cotiando. São tantas perguntas e cobranças do mundo que os cerca, e as respostas? As respostas prontas, sintetizadas e bem limitadas, tornando-os acomodados, desatentos, hipoativos, muitas vezes não os autorizamos a pensar.
           A aprendizagem dá-se pela interação, assimilação, associação das ideais. Como haver tal aprendizagem com crianças enfileiradas em suas cadeiras, apenas recebendo informações, meros expectadores do mundo que as cerca.
          Não consideramos a vida cotidiana da criança e do adolescente do século XXI, Vivemos num mundo globalizado, onde elas captam milhares de conhecimento numa fração de segundos. A geração Z, geração está que traz características de assistir televisão enquanto se estuda para uma prova e fones nos ouvidos ao redigir um trabalho escolar são cenas bem comuns na atualidade entre os jovens . Convivem com o estresse a ansiedade e insegurança da sociedade, de sua família, participam ativamente com a competitividade que seus pais enfrentam lá fora no mercado de trabalho, competição para serem bem vistos e aceitos em suas tribos, financeiramente, emocionalmente. E todo esse bombardeio não é nada inofensivo, pois os torna em uma eterna busca pelo prazer, saciar suas vontades, que muitas vezes nem eles próprios sabem quais são por não estarem conseguindo acomodar todas estas informações .
          A sociedade esta aniquilando a infância, podando suas etapas essenciais para seu desenvolvimento. Queremos filhos e alunos robotizados, que apenas respondam aos nossos estímulos, evitando a autonomia, criatividade e criticidade. Criança é corpo, movimento e isso gera agitação, inquietação, todo este processo resultará na aprendizagem, aprendizagem que responderá as todos seus questionamentos a cerca de seu mundo. As brincadeiras onde estão? As interações de lazer familiares estão cada vez mais individualistas e tecnológicas,
         E qual a relação entre brincar e criar? Aqui respondo a estes questionamentos pertinentes a sociedade atual que é no brincar, e somente no brincar, que o individuo, criança ou adulto, pode ser criativo e utilizar sua personalidade integral, e é somente sendo criativo que o indivíduo descobre o seu eu.
          Atualmente uma discussão psicopedagógica paira onde entre os educadores não questiona se “o aluno aprende ou não” ou o quanto ele aprende, mas está voltada a questões mais amplas como: de que modo poderemos favorecer a aprendizagem? Que ações pedagógicas adotarão para facilitar a construção de conhecimentos?
        O TDA/TDAH é visto como uma desordem comportamental da infância, inúmeros testes, exames para diagnosticar esta desordem. Mas que desordem comportamental seria esta? Ou seria uma inquietação de saberes? Julga-se infância, a fase do simbolismo, que unimos realidade e fantasia, criatividade e imaginação, traquinagens e peraltices de crianças. Criança precisa ser criança, com sua impulsividade, sua curiosidade sobre o mundo com seus porquês, suas inquietações. Inquietude é produtividade, é criação, é vida.
       Acredito ser mais fácil, cômodo delegar esta responsabilidade a uma desordem, distúrbio à responsabilizar-se pela educação, pelos limites e regras em suas casas e na rotina dos filhos. Crianças precisam de rotina, limite, focar no seu cotidiano ou tornar-se-ão adultos insatisfeitos, desajustados, incapazes de organizar sua própria vida. E, a criança a partir de brincadeiras, jogos, interações sociais e principalmente no faz de conta irá se adequando a estas estruturações sociais, motoras e cognitivas.
       As características de crianças que não possuem limites são descontrole emocional, histerias; distúrbios de condutas, incapacidade de concentração, excitabilidade, dificuldade para concluir tarefas e baixo rendimento. Características estas, muito confundidas com TDAH (hiperatividade).
       As crianças atualmente não se contentam com pouca coisa, exigem muito de professores e pais, querem algo inovador, que lhes instiguem o intelecto, estão competindo num páreo duro com alta tecnologia, e temos que correr, pra não ficar atrás.
       Temos que ter em mente que em uma escola, priorizando a sala de aula temos um grupo de crianças de uma mesma faixa etária, mas com desenvolvimento emocional, social e cognitivo bem distintos, cada um com a sua própria dinâmica familiar, seus próprios valores.
       Saber compreender os estágios cognitivos, o funcionamento fisiológico dos alunos torna-se prioritário no fazer psicopedagógico e educacional. Saber escutar, questionar a criança, perceber qual entendimento ela possui de sua realidade, dos valores morais, e da lógica, cria uma habilidade de avaliação rica, capaz de encaminhar o psicopedagogo ou os educadores para uma conclusão lógica sobre o potencial de aprendizagem da criança em questão.
       Compreender o processo de pensamento destas crianças e adolescentes é imprescindível, investigar o seu nível operatório, para que sejam ajustados as propostas de ensino às suas condições reais de aprendizagem. Instigá-lo e provocar-lhe o desequilíbrio necessário, lhe possibilitará a reflexão sobre novas formas de pensar sobre sua realidade, possibilitando assim, o avanço de seu nível operatório ou de abstração.
       Os problemas de aprendizagem surgem por falta de possibilidade da criança aprender, onde não possui a curiosidade desperta, não possui autoria de pensamento.
       A necessidade de repensar sobre as rotulações atuais, sobre a medicação abusiva para todas situações cabíveis ou não na vida do ser humano torna-se urgente.
       Repensar sobre nossas inquietudes, nossas impulsividades e agitações são realmente imprescindíveis ao ser humano faltando-nos um embasamento epistemológico de como devemos conduzir estas características para uma produtividade saudável, criativa e empreendedora, afinal as melhores produções, as melhores situações de aprendizagem já vistas na humanidade foram criadas nos mais variados níveis de hiperatividade.



terça-feira, 7 de maio de 2013

RECONCEITUALIZAÇÃO DO ENSINO NAS ESCOLAS É POSSÍVEL NOS DIAS DE HOJE?


Nos dias de hoje, com a banalização do ensino, com a desvalorização dos educadores surgem varias indagações como: O que significa a escola? Por que temos escolas? Por que enviamos nossas crianças e adolescentes para frequentá-las? Porque as crianças e adolescentes não conseguem aprender? Porque pais, educadores e gestão não falam a mesma língua? Quais os motivos de tantas queixas? Como: alunos inquietos, indisciplinados, violentos, desrespeitam aos educadores, não comprem regras básicas de convivência, tiram notas baixar, não assimilam o conteúdo, não sabem interpretar textos. O vínculo insuficiente entre família e escola, educadores insatisfeitos e estressados, currículos  ultrapassados, um modelo de educação arcaica,  estrutura física inadegada, são enumeras as queixas.
 A instituição escolar está cansada de tantas problemáticas, atualmente se depara com um total descaso. Sabe-se que em todas as regras tem suas exceções. Porém, as insatisfações podem ser ouvidas do próprio educador em suas constantes greve em beneficio de melhoria, das famílias, da sociedade em geral, aclamam por uma educação melhor, com mais qualidade.
 Tem-se consciência que não é incomum nos depararmos com profissionais de outras áreas enfatizando também suas perspectivas sobre as deficiências do ensino escolar. Os meios de comunicação nacionais (Jornais televisivos e impressos) apontam problemáticas que envolvem a aprendizagem escolar.
Muitos não levam a sério, porém, sabemos que as insatisfações são constantes. Como autora de Projeto de Leitura, Pedagoga, Especialista em Psicopedagogia Clinica e Institucional luto há muitos anos com Processos de Aprendizagem, fico indignada com tantas queixas que ouço de educadores e pais, queixas essas simples de se resolver. Almejo que fosse diferente, no entanto, a realidade é outra. Infelizmente todas as criticas que vemos e ouvimos nos meios de comunicação, de educadores, da família, alias da sociedade em geral faz sentido.
É notório o crescimento de homeschooling (proposta de ensinar os filhos em casa) famílias que estão optando em retirar seus filhos das escolas, como mostrou um jornal televisivo de repercussão nacional, isso servirá como reflexão. Agora eu faço algumas indagações: Isso resolverá? E a parte social da criança como fica? Sua socialização com o próximo como fica? E eu como Psicopedagoga respondo todas elas, isso é uma atitude lamentável, pois a criança para se desenvolver em sua plenitude tem que está envolvida, inserida num contexto social, ela é um ser social e como tal necessita deste meio para se desenvolver. Excelentes possibilidades para tentarmos contextualizar as problemáticas do cenário nacional escolar.
Quando ouvimos as queixas, as angustias dos educadores, e familiares é que então entendemos muitas coisas, pois os mesmos atuam em um cenário complexo demais para conseguirem colocar em prática o que gostariam. Estou sempre em contatos como um numero considerável de educadores e todos relatam em uma só voz, as queixas e reclamações.
Então volta às indagações: Aonde vamos parar com tantos educadores e familiares insatisfeitas? Que tipo de cidadãos e que seres humanos formaremos dentro destes contextos tão difíceis? ? Esse modelo de educação copiado de outro país serve para o Brasil? E os pais, estão de acordo com o que está sendo ensinando nos livros sejam eles didáticos e literários?
Agora eu pergunto: Seria ousadia de minha parte apontar soluções? Como sempre fui ousada, vou lançar reflexões, indagações e as minhas inquietudes em relação à urgência de algumas mudanças no âmbito educacional. Faz se necessário essa mudança, só que para isso é indispensável à integração escola/família, as mesmas tem que ultrapassarem uma qualidade maior de vínculo, sem o tal vinculo ficará cada vez mais impossível vivenciarmos as melhorias que tanto almejamos e que se fazem necessárias.