quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014


         Comportamento...
,Transtornos Comportamentais Destrutivos.
         Transtorno Comportamentais Disruptivos.



 Então, querido leitores, em algumas escolas as aulas já iniciaram e com elas muitas preocupações tanto de pais como de educadores. Dentre essas preocupações estão notas baixas, comportamento, agressividade cometida ou sofrida pelo filho, baixo rendimento escolar dentre outras dificuldades apresentadas por crianças e adolescentes em idade escolar. Na maioria das vezes essas atitudes são causadas por transtornos comportamentais.


Entre estes Transtornos Comportamentais Destrutivos estão o Transtorno Desafiador e de Oposição, o Transtorno de Conduta e Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA).

Quanto à evolução deste tipo de patologia e consequências sociais associadas, são diversos os trabalhos que a relacionam com a criminalidade, perturbações psiquiátricas, consumos de drogas, precariedade laboral, prostituição, promiscuidade sexual e detenções.


  Transtorno Desafiador e Opositivo.


O Comportamento Desafiador Opositor consiste num transtorno psicológico caracterizado, principalmente, por comportamentos apresentados pelo adolescente, no sentido de agir contrariamente àquilo que se pede ou se espera deles.


Este problema tem sido, progressivamente, objeto de estudos e publicações científicas. Há um consenso entre pesquisadores quanto às características usadas para descrever este transtorno, evidenciadas, por exemplo, nos excertos a seguir:


Segundo Serra Pinheiro O transtorno de oposição é um transtorno destrutivo, caracterizado por um padrão global de desobediência, desafio e comportamento hostil. Os pacientes discutem excessivamente com adultos, não aceitam responsabilidade por sua má conduta, incomodam deliberadamente, possuem dificuldade de aceitar regras e perdem facilmente o controlo, se as coisas não seguem a forma que eles desejam.


Como em todos os problemas de personalidade, este transtorno é acompanhado por diversos sintomas, sendo eles:

·                        Frequentemente perdem a paciência;

·                         Discutem com adultos;

·                         Desafiam ou recusam a obedecer a solicitações e regras dos adultos;

·                         Perturbam as pessoas deliberadamente e frequentemente responsabilizam os outros pelos seus erros ou maus comportamentos.


Este comportamento é o responsável pela maioria das indicações a serviços de psiquiatria infantil. Também estão associados a disfunções pessoais, familiares, sociais e no âmbito acadêmico. Os adolescentes com transtorno desafiador de oposição têm mais disfunções familiares. E usam mais abordagens negativas diante do conflito. São mais rejeitadas por colegas e têm maiores índices de recusa escolar. Para o tratamento, temos as psicoterapias de diferentes orientações teóricas, ao que têm sido usadas para tratar transtornos destrutivos, mas o maior corpo de evidência disponível na literatura atribui eficácia para abordagens cognitivo-comportamentais. É importante manter a mente ocupada, principalmente com leitura.


 Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA).


        Na adolescência, segundo Lopes, 10 a 20%, apresentam problemas emocionais, tal incidência é preocupante quando se pensa nas repercussões desses problemas no desenvolvimento pessoal.


A PHDA tem como maior prevalência no sexo masculino e caracteriza-se por sintomas como hiperatividade e impulsividade, com ou sem desatenção, ou somente por aspectos desatenção inapropriados à idade.


O diagnóstico detecta um padrão persistente de sintomas que inicia, geralmente, antes dos sete anos de idade, acusando, significativo prejuízo escolar, social e ocupacional. São manifestações desta perturbação a desatenção (falta de atenção, a detalhes, dificuldade de manter atenção em atividades e de persistir nessas até ao final, dificuldade de concentração e organização, falta de cuidado com os seus materiais de trabalho, dificuldade em atender a solicitações ou instruções), a hiperatividade (inquietude, andar ou correr inadequadamente, de forma excessiva, falar demasiadamente, dificuldade em participar nas atividades sedentárias) e a impulsividade (impaciência, dificuldade para protelar respostas ou aguardar a sua vez, intromissão nos assuntos alheios, comentários inoportunos, desobediência a instruções, pegar em objetos alheios, envolvimento em atividades perigosas). Pode, no entanto, manifestar-se com um padrão predominantemente desatento, ou hiperativo-impulsivo, ou por meio do tipo combinado, com ambos os padrões sintomáticos.


Os adolescentes com PHDA, em geral, são instáveis emocionalmente, agindo de forma impulsiva e irritadiça, podendo apresentar dificuldades em participar nas atividades de grupo, falhas na produtividade e prejuízos no funcionamento académico e social. A sensação de inadequação, baixa autoestima e adversidades no grupo social provocam frustração, podendo gerar comportamentos autodestrutivos ou autopunitivos.


Verifica-se que, praticamente, 50% dos adolescentes que apresentam esta perturbação têm também o transtorno desafiador opositivo ou de conduta. É importante diferenciar o comportamento opositivo de um adolescente (retratado anteriormente) com PHDA, e de outra, cuja atitude seja de não submissão às exigências dos outros.


 Transtorno de Conduta


        O transtorno de conduta está associado a disfunções pessoais, familiares, sociais e acadêmicas, assim como a um mau prognóstico para a vida adulta, com alto risco para depressão, tentativa de suicídio abusa de substâncias dentre outros. Este transtorno caracteriza-se também por um padrão persistente de comportamento, no qual há importantes violações de normas sociais ou dos direitos alheios. Estas manifestações concentram-se num quadro de grupos de sintomas: atos agressivos a pessoas ou animais, ações que provocam danos ou destruição de patrimônios, fraude ou furto e sérias violações às regras e normas. 


O comportamento pode expressar-se em hostilidade, provocações, agressão física e comportamento cruel. Também podem ser verbalmente abusivas, impudicas, manipuladoras, desafiadores e negativistas em relação aos adultos.


No ambiente escolar, adaptam os seguintes comportamentos:

·                         Mentiras;

·                         Falta às aulas;

·                         Vandalismos.



As manifestações das condutas são variadas e estáveis, especialmente, na família, na escola e na comunidade. Três ou mais destes comportamentos devem estar presentes nos últimos doze meses ou, pelo menos, um deles nos últimos seis meses, para poder caracterizar este transtorno. Estes adolescentes sofrem muito com os prejuízos sociais e interpessoais com este tipo de manifestações psicopatológicas, pois, não conseguem desenvolver vínculos e, raramente, sentem-se culpados ou responsabilizam-se pelo seu comportamento. 
 las as aulas já iniciaram e com elas muitas preocupações tanto de pais como de educadores. Dentre essas preocupações estão notas baixas, comportamento, agressividade cometida ou sofrida pelo filho, baixo rendimento escolar dentre outras dificuldades apresentadas por crianças e adolescentes em idade escolar. Na maioria das vezes essas atitudes são causadas por transtornos comportamentais.

Entre estes Transtornos Comportamentais Disruptivos estão o Transtorno Desafiador e de Oposição,

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014



O QUE É TDAH?


      Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, TDA, Hipercinesia infantil.
       O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é um problema de desatenção, hiperatividade, impulsividade ou uma combinação destes. Para que esses problemas recebam um diagnóstico de TDAH, eles devem se apresentar fora de um limite normal para a idade e o desenvolvimento da criança.
Causas.


     O TDAH é o transtorno comportamental infantil mais frequentemente diagnosticado. Ele afeta aproximadamente de 3 a 5% de crianças em idade escolar. O TDAH é diagnosticado muito mais frequentemente em meninos do que em meninas.

     O TDAH pode ser herdado geneticamente, mas sua causa não é clara. Independentemente da causa, ele parece se estabelecer cedo na vida da criança, enquanto o cérebro está se desenvolvendo. Estudos de imagem sugerem que o cérebro de uma criança com TDAH é diferente do de uma criança normal.

     Depressão, falta de sono, incapacidade de aprender, transtornos de tique e problemas comportamentais podem ser confundidos com TDAH. Todas as crianças com suspeita de sofrerem de TDAH devem ser examinadas com cuidado por um profissional para verificar se há outros problemas ou motivos para o comportamento.

     A maioria das crianças com TDAH também sofre de pelo menos um outro problema de comportamento ou de desenvolvimento. Ainda podem apresentar um problema psiquiátrico, como depressão ou transtorno bipolar.

    Com muita frequência, crianças difíceis são incorretamente rotuladas com TDAH. Por outro lado, muitas crianças que sofrem do TDAH permanecem sem o diagnóstico. Em ambos os casos, problemas de aprendizado e de humor são ignorados com frequência..

     O diagnóstico é baseado em sintomas muito específicos, que devem estar presentes em mais de um ambiente.


· As crianças devem apresentar pelo menos seis sintomas de desatenção ou seis sintomas de hiperatividade/impulsividade antes dos 7 anos.


· Os sintomas devem estar presentes pelo menos há seis meses, ocorridos em dois ou mais ambientes e não serem provocados por outro motivo.

· Os sintomas devem ser graves o suficiente para resultar em dificuldades significativas em muitos ambientes, inclusive em casa, na escola e no relacionamento com os demais.

     Em crianças mais velhas, o TDAH encontra-se em remissão parcial quando elas ainda têm os sintomas, mas não se enquadram mais totalmente na definição do transtorno. Se houver suspeita de TDAH, a criança deve passar por uma avaliação médica. A avaliação pode consistir em:

· Questionários para pais e professores

· Avaliação psicológica da criança E da família, incluindo testes de QI e psicológicos

· Exames completos mentais, nutricionais, físicos, psicossociais e de desenvolvimento.

Sintomas de TDAH

Os sintomas de TDAH se dividem em três grupos:

· Falta de atenção (desatenção);
· Hiperatividade;
· Comportamento impulsivo (impulsividade).

     Algumas crianças com TDAH são primariamente do tipo desatento. Outras podem ter uma combinação de tipos. As que sofrem do tipo desatento são menos perturbadas e muitas vezes não recebem o diagnóstico de TDAH.


Sintomas de desatentos:

· Não consegue prestar atenção em detalhes ou comete erros resultantes de descuidos no trabalho escolar

· Tem dificuldade de manter a atenção nas tarefas ou em jogos

· Parece não escutar quando falamos diretamente com ela

· Não segue as instruções completamente e não consegue terminar trabalhos escolares, tarefas ou deveres

· Tem dificuldade de organizar tarefas e atividades

· Evita ou não gosta de tarefas que demandem manter esforço mental (como trabalhos escolares)

· Seguidamente perde brinquedos, trabalhos, lápis, livros ou ferramentas necessárias para tarefas ou atividades

· Distrai-se facilmente

· Frequentemente, tem problemas de memória em atividades cotidianas

Sintomas de hiperatividade:

· Mexe as mãos e o pés o tempo todo e se retorce na cadeira

· Levanta-se quando deve permanecer sentado

· Corre ou sobe em móveis em situações inapropriadas

· Tem dificuldade de brincar em silêncio

· Parece frequentemente estar "ligada na tomada" e fala excessivamente

Sintomas de impulsividade:

· Fala antes que as perguntas sejam completadas

· Tem dificuldade de aguardar a vez

· Interrompe ou se intromete entre os outros (se mete em conversas e jogos)

Buscando ajuda de profissionais.

Procure seu médico caso você ou a escola do seu filho suspeitem que ele sofra de TDAH. Informe seu médico sobre quaisquer:

· Dificuldades em casa, na escola ou no relacionamento com os colegas;

· Efeitos colaterais da medicação;

· Sinais de depressão.

Tratamento de TDAH


     O tratamento para TDAH é uma parceria entre profissionais da área, pais ou responsáveis e a criança. Para a terapia ter sucesso, é importante:

· Definir objetivos específicos e apropriados para guiar a terapia.

· Começar com os medicamentos e a terapia comportamental.

· Fazer acompanhamento regular com o médico para verificar objetivos, resultados e quaisquer efeitos colaterais dos medicamentos. Durante esses check-ups, devem ser coletados dados de pais, professores e da criança.

Se o tratamento parecer não funcionar, o médico deverá:

· Certificar-se de que a criança tem, de fato, TDAH

· Verificar se não há outro problema médico possível que possa causar sintomas similares

· Certificar-se de que o plano de tratamento esteja sendo seguido.

Medicamentos:

Uma combinação de medicamentos e tratamento comportamental funciona melhor. Existem diversos tipos de medicamentos para TDAH que podem ser usados sozinhos ou em conjunto.

   Os psicoestimulantes (também conhecidos como estimulantes) são as drogas mais comuns usadas no tratamento do TDAH. Apesar do nome, essas drogas na verdade têm um efeito calmante nos portadores de TDAH.

Essas drogas incluem:

· Anfetamina dextroanfetamina (Adderall)

· Dexmetilfenidato (Focalin)

· Dextroanfetamina (Dexedrine, Dextrostat)

· Lisdexanfetamina (Vyvanse)


· Metilfenidato (Ritalina, Concerta, Metadate, Daytrana).

     Uma droga não estimulante denominada atomoxetina (Strattera) pode ser tão eficaz quanto os estimulantes, e o risco de uso incorreto é menos provável.

     Alguns medicamentos para TDAH têm sido associados à ocorrência rara de morte súbita em crianças com problemas cardíacos. Converse com profissionais sobre o melhor medicamento para seu filho.
Terapia comportamental

     Psicoterapia para a criança e a família pode ajudar todos a entender e ter controle sobre sentimentos estressantes relacionados ao TDAH.

      Os pais devem usar um sistema de recompensa e consequência para ajudar a guiar o comportamento do filho. É importante aprender a lidar com comportamentos desruptivos. Os grupos de apoio podem auxiliar a encontrar outros com problemas parecidos.

Outras dicas para ajudar seu filho com TDAH:

· Comunique-se regularmente com o professor do seu filho.


· Mantenha uma programação diária consistente, com hora certa para o tema de casa, para as refeições e para atividades externas.

· Faça as alterações nessas programação antecipadamente e não em cima da hora

· Restrinja as distrações no ambiente do seu filho.

· Cuide para que seu filho siga uma dieta saudável e variada, com muitas fibras e nutrientes básicos.

· Certifique-se de que seu filho durma o suficiente.

· Elogie e recompense o bom comportamento.

· Dê regras claras e consistentes para seu filho.

      Tratamentos alternativos para TDAH têm se tornado popular, incluindo ervas, suplementos e manipulação quiroprática. Ainda assim, há pouca ou nenhuma evidência sólida de que funcionam.