sexta-feira, 28 de julho de 2017

                      
           POSSÍVEIS SINAIS DA DISLEXIA



             ALGUNS SINAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL
 Dispersão;
·         Fraco desenvolvimento da atenção;
·         Atraso do desenvolvimento da fala e da linguagem
·         Dificuldade de aprender rimas e canções;
·         Fraco desenvolvimento da coordenação motora;
·         Dificuldade com quebra-cabeças;
·         Falta de interesse por livros impressos.

ALGUNS SINAIS NA IDADE ESCOLAR
·         Dificuldade na aquisição e automação da leitura e da escrita;
·         Pobre conhecimento de rima (sons iguais no final das palavras) e aliteração (sons iguais no início das palavras);
·         Desatenção e dispersão;
·         Dificuldade em copiar de livros e da lousa;
·         Dificuldade na coordenação motora fina (letras, desenhos, pinturas etc.) e/ou grossa (ginástica, dança etc.);
·         Desorganização geral, constantes atrasos na entrega de trabalho escolares e perda de seus pertences;
·         Confusão para nomear entre esquerda e direita;
·         Dificuldade em manusear mapas, dicionários, listas telefônicas etc.;
·         Vocabulário pobre, com sentenças curtas e imaturas ou longas e vagas.

quarta-feira, 26 de julho de 2017



       O QUE É DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM?



 As dificuldades de aprendizagem consistem basicamente de aspectos secundários, que são alterações estruturais, mentais, emocionais ou neurológicas, que interferem na construção e desenvolvimento das funções cognitivas.
As mais conhecidas dificuldades de aprendizagem são: DISLEXIA, DISORTOGRAFIA e DISCALCULIA.

• DISLEXIA: palavra originada do grego que designa a dificuldade que afeta a leitura e também a fala. É uma doença hereditária, que tem vários genes envolvidos, pesquisadores no mundo todo estão trabalhando para identificar quais são esses genes. Entretanto, muitos hoje em dia 4 vêem essa dificuldade como algo inesperado. Essa doença pode ser superada através dos métodos pedagógicos diferenciados que de certa forma suprem a necessidade da criança. Segundo o instituto ABCD (Associação Brasileira de Dislexia), estima-se que 4% da população brasileira e de 10% a 15% da população mundial. Portanto, são mais de 7 milhões de pessoas convivendo e sofrendo com esse problema, muitas vezes por não saber da existência do mesmo.
A dislexia costuma ser identificada no período de alfabetização. Uma das principais causas que contribui para o aparecimento da doença se dá durante o período de gestação, isso acontece através do contato do feto com a testosterona, explica-se então porque essa doença é mais comum no sexo masculino. Já com o sexo feminino, pelo grande excesso de testosterona, podem vir a acontecer o aborto. Isto foi constatado em estudos recentes por pesquisadores. Enquanto no cérebro de uma criança que não possui a dificuldade consegue percorrer caminhos corretos no ato de ouvir, ler, ver e escrever, uma criança com a doença tem seu cérebro muito mais complexo pelo fato de sofrer desvios, acabando por resultar nas dificuldades de aprendizagem. Os disléxicos, por sua vez, sofreram preconceito e eram motivos de chacotas por professores e colegas desavisados. Isso se dava pela carência de informação e conhecimento sobre esta dificuldade. Porém ainda nos dias de hoje, existe muito disso, visto que muitas vezes é a própria criança portadora da doença que se afasta do grupo por ter comprometido sua auto-estima, pois conviver com esta dificuldade é ainda mias difícil quando mal vista por familiares e amigos, fazendo com que o portador deste distúrbio se sinta diferente de uma forma totalmente negativa. Mesmo sabendo que não há cura para a doença, existe tratamentos que ajudam a amenizar os problemas. Nesse tratamento é fundamental o acompanhamento de um médico, de um pedagogo, um neurologista, um psicólogo e um fonoaudiólogo. Com essas ajudas é visível uma grande melhora na concentração, atenção e no comportamento do portador. Porém, mesmo com todas essas dificuldades apresentadas o disléxico possui grandes capacidades, prova disto citamos: Albert Einstein que destacou-se na ciência, Winston Churchill que destacou-se na política, Leonardo da Vinci destacou-se nas artes, John Lennon na música e Henry Ford nos negócios.

 • DISCALCULIA: essa doença é causada por uma má formação nos neurônios que dificulta a aprendizagem dos números. Porém, essa dificuldade de aprendizagem não apresenta nenhuma ligação com níveis de inteligência (QI), deficiência mental ou até mesmo déficits auditivos ou visuais. Crianças que possuem essa dificuldade de aprendizagem não são capazes de discernir sinais matemáticos, resolver operações, classificar números, seguir sequência, entender conceitos matemáticos, não consegue identificar o valor das moedas, entre outros. O 5 transtorno, se não identificado a tempo, pode intervir no desenvolvimento escolar da criança, que por sua vez pode se sentir com receio de obter novas experiências de aprendizagens, podendo assim se tornar agressiva, apática e desinteressada. O profissional mais adequado para detectar e tratar deste transtorno é o psicopedagogo, que juntamente com a escola onde estuda a criança. Por sua vez o psicopedagogo cria atividades especificas com essa criança sem constrangê-la com o restante da turma.

• DISORTOGRAFIA: é o transtorno da grafia que juntamente com a dislexia, dificulta a aprendizagem e o desenvolver das habilidades da linguagem por sua vez escrita. Traçado incorreto da letra, alteração no espaço, falta de clareza na escrita, são alguns dos sintomas da disortografia. Muitas pessoas sentem dores nas mãos e até mesmo nos braços, pois ao escreverem fazem força excessiva. O individuo que apresenta esse transtorno, geralmente escreve textos reduzidos, possui dificuldade no uso das orações em geral, dificuldade em pontuação e não sente prazer ao escrever. Até o segundo ano é considerado normal que a criança apresente dificuldade na escrita, confundindo ortograficamente, isso ocorre em relação a palavra escrita e o som da mesma. Esse é um transtorno que afeta o ritmo da escrita, ou seja, o desenho da letra não está de acordo com a verdadeira escrita. Nesse caso o caderno de ortografia é fundamental, pois ajuda a trabalhar a coordenação motora da criança e por consequência ajuda no melhor desempenho da escrita. Porém, indivíduos com disortografia precisam de atividades mais especificas e eficazes. Para evitar o fracasso escolar é preciso intervenção psicopedagogica o quanto antes. Após a avaliação concreta a criança terá de adotar um tratamento para que esse distúrbio não se torne o “bicho papão” em sua aprendizagem.
                               
                      HABILIDADES NECESSÁRIAS PARA A LEITURA:



     Para que esse processo seja possível é necessário que exista uma maturidade adequada das bases neuro funcionais que o sustentam. estas bases são a sustentação de todas as modalidades perceptivas, sobretudo da visual e auditiva, que marcam a maneira, o estilo e a forma como ocorre esse processo. esta aprendizagem não envolve somente uma simples associação de neurônios que intervém, mas também a integração das diferentes destrezas que o cérebro utiliza para processar informações dada pelos grafemas e fonemas que são percebidos pela visão e pela audição. APRENDER A LER NÃO SIGNIFICA SOMENTE ASSOCIAR LETRAS COM SOM E PALAVRAS COM SIGNIFICADOS, mas sim implica aprender uma forma de decodificação diferente da que é utilizado na linguagem oral.
      Nesta forma de decodificação é preciso:RECEBER, RECONHECER, ELABORAR E INTERPRETAR SÍMBOLOS. São estabelecidas uma série de associações visoauditivas, visoespaciais, audiovisuais e visomotoras complexas, sucessivas e simultâneas.


sábado, 11 de fevereiro de 2017


DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E PRÁTICAS PSICOPEDAGÓGICAS



As dificuldades de aprendizagem quase sempre se apresentam associadas a problemas de outra natureza, principalmente comportamentais e emocionais. De modo geral, as crianças e adolescentes que apresentam dificuldades de aprendizagem e de comportamento são descritas como menos envolvidas com as tarefas escolares do que os seus colegas sem dificuldades.
 As dificuldades comportamentais e emocionais, por sua vez, influenciam problemas acadêmicos e estes afetam os sentimentos e os comportamentos das crianças. Tais dificuldades podem expressar-se de forma internalizada ou externalizada. As crianças que apresentam "pobre" desempenho escolar e atribuem isso à incompetência pessoal apresentam sentimentos de vergonha, dúvidas sobre si mesma, baixa autoestima e distanciamento das demandas da aprendizagem, caracterizando problemas emocionais e comportamentos internalizados. Aquelas que atribuem os problemas acadêmicos à influência externa de pessoas hostis experimentam sentimentos de raiva, distanciamento das demandas acadêmicas, expressando hostilidade em relação aos outros. Os sentimentos de frustração, inferioridade, raiva e agressividade diante do fracasso escolar podem resultar também em problemas comportamentais.
Assim, seguindo o sentido diagnóstico e de tratamento dos problemas de aprendizagem, pode-se dizer que a primeira ação a ser realizada consta de uma caracterização da dificuldade apresentada pelo aluno (aprendente), onde devem ser investigadas as causas. Vale ressaltar que esta dificuldade afeta sobremaneira a sequência de aprendizagem, incorrendo no baixo rendimento escolar, além de implicar em desmotivação dos alunos (aprendestes). Alguns dos fatores que colaboram para este quadro são:
Ø     Falhas no sistema educacional: o método da escola não condiz com o tipo de raciocínio utilizado pelo aluno, ou os educando são inábeis;
Ø      Quadro neurológico ou psiquiátrico: neste caso, além da terapia comportamental, é aconselhável acompanhamento psiquiátrico;
Ø     Condições emocionais: a criança pode não se sentir bem na escola por causa de algum educador, ou algum problema familiar está atrapalhando sua atenção à educação;
Ø     Dificuldades de aprendizagem: a criança tem dificuldade em uma ou mais área do ensino, por exemplo, em raciocínio matemático ou aprendizado verbal.
Dentre as dificuldades de aprendizagem, nota-se com maior frequência e intensidade a deficiência na aquisição e desenvolvimento da LEITURA e ESCRITA, encontrada em muitas escolas tanto pública como privadas. Este perfil tem sido perceptível, sobretudo, com a realização das avaliações de aprendizagem em âmbito nacional, onde alunos do Ensino Fundamental (5ª a 8ª série) e do Ensino Médio têm demonstrado dificuldades e falta de conhecimento ortográfico, gramatical, de interpretação e raciocínio lógico. De forma aleatória, pode-se afirmar que é um conjunto de aspectos que concorrem para a não qualidade da aprendizagem. É preciso, portanto, identificar o núcleo do problema.
Desta forma, identificada à causa, ou causas, se caracteriza o problema e passa-se a planejar a intervenção, atuando junto à escola, aos pais e à criança. O objetivo é criar condições favoráveis para o desenvolvimento das habilidades nas quais a criança apresenta baixo rendimento. Isto é feito por meio de um planejamento de ensino que torne o estudo interessante para o aluno e seja adequado ao seu modo de resolver problemas; e por meio de aconselhamento aos pais e professores sobre como lidar com as dificuldades da criança e incentivar o seu aprendizado.
Muitas vezes, um aluno não tem bom desempenho escolar porque seus hábitos de estudo são inadequados. Neste caso, o analista do comportamento (psicopedagogo) e o aluno podem juntos decidir estratégias de estudo mais eficientes, que levem em consideração o tempo disponível, o local de estudo e a matéria a ser estudada. Este trabalho é realizado de forma diferente com cada tipo de estudante, enfatizando as características pessoais do aluno, suas necessidades imediatas e como ele se relaciona com seu ambiente social e emocional.
Torna-se necessário orientar o aluno que apresenta dificuldades e/ou que fogem aos padrões de aprendizagem correspondente a cada etapa do ensino  e também a família e o educador, para que juntos aprendam a lidar com estas dificuldades, buscando a intervenção de um profissional especializado ( psicopedagogos).
De maneira mais generalizada, algumas práticas podem ser realizadas pelos pais de forma a estabelecer uma relação de confiança e colaboração com a escola, com:
Ø     escute mais o seu filho;
Ø      informe aos professores sobre os progressos feitos em casa em áreas de interesse mútuo; estabeleça horários para estudar e realizar as tarefas de casa; sirva de exemplo, mostre seu interesse e entusiasmo pelos estudos;
Ø     Desenvolva estratégias de modelação (existe um problema para ser solucionado, pense em voz alta);
Ø     Aprenda com eles ao invés de querer ensinar somente;
Ø     Aproveite o momento do acompanhamento da tarefa para ser cúmplice, parceiro e propor descobertas de respostas, ao invés de entregá-las prontas ao seu filho;
Ø      Valorize sempre o que o seu filho faz, mesmo que não tenha feito o que você pediu e em nível do que você esperava;
Ø     Disponibilize materiais para auxiliar na aprendizagem;
Ø     É preciso conversar, informar e discutir com o seu filho sobre quaisquer observações e comentários emitidos sobre ele.

E se você não dispõe desse tempo com seu filho, não deixe de recomendar que as atividades que vão para casa sejam acompanhadas e (re) ensinadas pela orientadora(professora do reforço), ou por um parente, não esqueça de reservar um tempinho para saber dele como vai na escola, quais as dificuldades e em que área ele precisa desprender maior esforço. E nunca, o subestime.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

   A influência escolar da Família na vida da criança.


 Há muito tempo discute-se sobre a influência da família na educação, no comportamento e na formação da criança. A família é o primeiro grupo social em que esta começa a interagir, aprender e onde busca as primeiras referências no que diz respeito aos valores culturais, emocionais, etc. Ela interfere no desenvolvimento e no bem estar de todos os seus membros. Assim como a família, a escola é responsável por fazer a mediação entre o indivíduo e a sociedade. No entanto, quando as crianças recebem um bom estímulo de casa, quando os pais acompanham todo o processo de educação, ajudando no dever de casa, comparecendo às reuniões e sempre mantendo contato com os professores, essas crianças tendem a obter um melhor desempenho escolar. Já quando os pais são ausentes, ou quando a criança tem um vínculo familiar ruim, ela pode apresentar auto-estima prejudicada e distúrbios na aprendizagem. Acredita-se que quando a criança tem bons vínculos familiares, independentemente de como essa família se organiza enquanto estrutura, ela também terá uma boa relação com professores e amigos. A família desempenha um papel primordial na transmissão da cultura, se 4 sobressaindo de todos os grupos humanos. É nela que o indivíduo recebe a primeira educação e aprende a reprimir seus instintos mais primitivos. Na educação primária, a família é responsável pelo modelo que a criança terá em termos de conduta no desempenho de seus papéis sociais e das normas e valores que controlam tais papeis. Assim a menina terá um forte exemplo na sua própria mãe de como é uma mulher no seu desempenho social, e o mesmo ocorre com o menino em relação ao seu pai. Os pais também controlam explicitamente o comportamento de seus filhos para que eles tenham um desempenho considerado adequado em termos dos padrões sociais (BOCK, 1999). De acordo com SCOZ (1994, p. 71 e 173), a influência familiar é decisiva na aprendizagem dos alunos. Os filhos de pais extremamente ausentes vivenciam sentimentos de desvalorização e carência afetiva, gerando desconfiança, insegurança, improdutividade e desinteresse, sérios obstáculos à aprendizagem escolar. O contato com a família pode trazer informações sobre fatores que interferem na aprendizagem e apontar os caminhos mais adequados para ajudar a criança. Também torna possível orientar aos pais para que compreendam a enorme influência das relações familiares no desenvolvimento dos filhos.

quarta-feira, 14 de outubro de 2015


Dificuldade de aprendizagem e transtorno são a mesma coisa?



Essa é a principal dúvida de pais e educadores ao procurarem ajudam de um psicopedagogo quando a criança não consegue obter êxito no aprendizado. A segunda dúvida é, meu filho é burro, o irmão dele aprende, os colegas dele aprende e ele não por quê?  Bom, para muitas pessoas, as expressões “DIFICULDADE” e “TRANSTORNO” de aprendizagem têm o mesmo significado. Porém, vale ressaltar que são dois problemas diferentes e que se manifestam e devem ser tratadas de maneiras diferenciadas.

Vamos entender: as DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM, normalmente, estão relacionadas a fatores externos que acabam interferindo no processo do aprender do educando, como  por exemplo, a metodologia da escola e dos educadores, a influência dos colegas de sala de aula dentre outros fatores.

Já os TRANSTORNOS, normalmente, estão intrínsecos e fazem parte do educando, seja uma disfunção neurológica, química, fatores hereditários, imaturidade dentre outros.
Partindo do pressuposto que, para muitos, dificuldades e transtornos têm o mesmo significado, citarei quais são as principais DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM:

· TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade): é um problema de desatenção com ou sem hiperatividade quando a criança é agitada e não consegue parar quieta. Elas se machucam com mais frequência, não têm paciência, interrompem conversas, pula, corre, faz varias atividades ao mesmo tempo;

· Discalculia: dificuldade de aprender tudo o que está relacionado a números como: operações matemáticas; dificuldade de entender os conceitos e a aplicação da matemática; seguir sequências; classificar números;

· Dislalia: um distúrbio de fala, caracterizado pela dificuldade em articular as palavras e pela má pronunciação, omitindo, acrescentando, trocando ou distorcendo os fonemas;

· Disortografia: dificuldade de aprender e desenvolver as habilidades da linguagem escrita, é um transtorno específico da grafia que, geralmente, acompanha a dislexia.

Ainda que muitos pensem que TRANSTORNO DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM seja a mesma coisa, é importante ter conhecimento sobre a diferença entre eles. Antes de procurar um reforço particular para o seu filho, busque um diagnóstico clínico para saber quais os seus problemas de aprendizagem.


Confundir transtorno com dificuldades pode acarretar sérios problemas na vida do individuo e tratá-los da mesma maneira, provavelmente, não surtirá o efeito desejável.
PSICOPEDAGOGO é um profissional especializado para diagnosticar os problemas no processo de aprendizagem do estudante, caso você queira descobrir quais os problemas de aprendizagem de seu filho, procurem um psicopedagogo.




domingo, 27 de setembro de 2015


Colocar no castigo ou no descanso?



Bem, na realidade são palavras diferentes, mas que tem o mesmo objetivo. Quando se coloca uma criança de castigo ou no descanso o objetivo é para ela refletir sobre aquilo que ela fez de errado. Além disso, vem outro questionamento. Castigar ou não? Esse assunto é bastante discutido em escolas, em família e até mesmo em abrigo. É certo colocar de castigo ou não os nossos filhos quando tiverem um mau comportamento? Ouço muito essas dúvidas nos atendimentos por parte de pais e educadores em geral. Apesar de ter uma opinião formada a respeito do assunto mais fui me aprofundar mais, fiz pesquisas, li bastante sobre o assunto, ouvi outros profissionais e cheguei à conclusão, a resposta é que podemos, sim, castigar como forma de EDUCAR. O objetivo deve ser ensinar limites e ajudar no desenvolvimento das crianças. Porém, esse castigo ou descanso como queira denominá-lo não poderá ser simplesmente castigar por castigar.
Disciplinar, orientar uma criança é fator determinante para qualquer educação, tem que fazer com quer a criança reflita sobre aquilo que fez de errado e ela mesma sentir que errou. E que os erros trará uma consequência.
Existe uma frase bem pertinente que é muito usada “ Educar não é uma tarefa simples. Requer trabalho e paciência por parte dos pais. Cabe a eles ensinarem as regras e os limites do convívio social, com calma e segurança.” Essa frase diz tudo que queremos alcançar com os castigos.
Os castigos para funcionarem positivamente como uma estratégia educativa devem ser rápidos, imediatos, verbalizados e aplicados sem irá e rancor.
 E, para ajudar pais e educadores a aplicar o castigo/descanso da forma CORRETA e EDUCATIVA, sem correr o risco de cai na Lei da palmadas e maltratos a crianças selecionei as principais dicas de acordo com minhas pesquisas, estudos e troca de figurinhas com outros profissionais. São elas: 

1-    Explique os motivos do castigo/descanso - as crianças precisam entender o motivo do castigo/descanso e não acharem que estão sendo punidos por autoritarismo ou irritação dos responsáveis. Elas precisam entender que o castigo/descanso é consequência de algo que elas mesmas praticaram e que ninguém  têm prazer em castigar, colocá-las no descanso. Precisa deixar bem claro o motivo pelo qual a levou a tomar a decisão de colocá-la de castigo/descanso e que não vale apena repeti-lo;
2-    Preste atenção nas suas palavras – oriente sempre com objetividade e rigidez, olhando nos olhos da criança e fazendo com que entenda que você está chateada, decepcionada com a atitude dela e não propriamente com ela. Como a decepção é com a atitude e não com ela é bom repetir as seguintes frases: “Que coisa feia você fez”! “Isso não são coisas que uma criança educada como você deva fazer”! Nunca, sobre circunstancia alguma diga que a criança é mal educada e sim as atitudes dela no momento é de criança mal educada;
3-     Preferível não bater - as famosas “palmadinhas” não são bem-vindas na educação da criança. A agressão nunca resolveu nada, quase sempre provoca raiva e medo. E é justamente o medo da agressão que fará a criança não repetir a atitude errada e não por que ela compreendeu as razões da punição;
4-     O castigo deve ser imediato – independente de qualquer lugar a criança pequena deve ser repreendida logo em seguida ao mau comportamento. Porém, tenha cautela com essa dica, pois o castigo/descanso não deve ser aplicado na presença de outras pessoas, principalmente de visitas uma vez que a existência de público o tornaria mais humilhante, apesar dela ter feito uma coisa errada, é preciso preservá-la e sem falar que você correrá um serio risco de alguém se meter e você ter que ser indelicado com alguém com frases do tipo: “a criança é minha, não se meta na educação dela”! Retire-a discretamente para um local discreto e resolva a questão;
5-    Não aplique o castigo na hora da raiva – Muita sabedoria, tranquilidade e calma nessa hora, não grite, não levante a voz. Seja objetiva, cuidado com o blá, blá, blá. As crianças se acostumam com os gritos e isso não mais as assustarão, elas costuma dizer: “ de novo essa conversa”!;
6-    Seja firme – sempre que for falar com uma criança abaixe-se para ficar da mesma altura dela, olhe nos olhos dela, tenha cuidado para não se “derreter” com apelos como: “nunca mais vou fazer”, “desculpe eu te amo”, ou também muitas lágrimas e chantagens. Continue firme depois da decisão tomada, não volte atrás, a criança poderá usar essa arma para se livrar dos castigos sempre;
7-     Castigos justos - não exagere os limites do que é razoável. Reflita se realmente é necessário um castigo naquele momento para que este não se torne algo banal e perca a credibilidade. O castigo deve ser ainda proporcional ao ato cometido e não ao estado de humor do adulto naquele momento;
8-    Os castigos de longa duração de tempo talvez não funcionam - é preferível deixar a criança sentada por 5 a 10 minutos, se for preciso aumenta gradativamente de acordo com as regras que fora estabelecidas anteriormente. Não recomendo já coloca-la meia hora uma hora, pois após isso a criança, como ser lúdico que é, começa a se distrair com seus pés, suas pernas, seus cabelos e até esquece que está de castigo;
9-    Aplique o tempo correto no castigo - orienta-se que comece com 10 minutos e a cada saída aumentará 5 minutos, é de suma importância estabelecer as regras para criança e certifica-se que ela entendeu. Por exemplo, dizer a crianças que ela irá ficar 10 minutos refletindo, não pode sair para fazer xixi, beber água ou realizar qualquer outra atividade, fique atento, pois nessa hora vai dá vontade de tanta coisa, fique firme na decisão, descumpriu aumenta 5 minutos;
10-  Cuidado com as ameaças – nunca faça ameaças, só diga aquilo que você poderá cumprir, pois quando se diz uma coisa que não se cumpre tornara-se uma pessoa sem credibilidade. A criança diz logo: “ela só fala e não faz nada”. Portanto, cuidado com o que anunciará, tudo que for anunciado deverá ser cumprido.