quarta-feira, 10 de abril de 2013

PORQUE BRINCAR É IMPORTANTE PARA AS CRIANÇAS?


       Todos nós sabemos que brincar é importante para as crianças o que muitos não sabem é o porquê é importante? Sem essa resposta, muitos educadores ficam sem saber como desenvolver um bom trabalho com as turmas de creche, de educação infantil e até mesmo ensino fundamental já que essas brincadeiras vão de acordo com a idade não é mesmo? Se essa indagação faz parte do seu cotidiano, sinta-se convidado a debater tema. Pois não é de hoje que esse assunto vem sendo discutido, desde muito tempo atrás. "Os primeiros questionamentos sobre o brincar não estavam relacionados a jogos, brinquedos e brincadeiras, mas focavam a cultura", afirma Clélia Cortez, formadora do Instituto Avisa Lá, em São Paulo. No fim do século XIX, muitos psicólogo e filósofos como: Henri Wallon, Jean  Piaget, Lev  Vygotsky procuravam compreender como os pequenos se relacionavam com o mundo e como produziam cultura. Até então, a concepção dominante era de que eles não faziam isso. Investigando essa faceta do universo infantil, eles concluíram que boa parte da comunicação das crianças com o ambiente se dá por meio da brincadeira e que é dessa maneira que elas se expressam culturalmente.
         Wallon foi o primeiro a quebrar os paradigmas da época ao dizer que a aprendizagem não depende apenas do ensino de conteúdos disciplinares para que ela ocorra, são necessários afeto e movimento também. Ele afirmava que é preciso ficar atento aos interesses dos pequenos e deixá-los se deslocar livremente para que façam descobertas. Levando em conta que as escolas davam muita importância à inteligência e ao desempenho, propôs que considerassem o ser humano de modo integral. Isso significa introduzir na rotina atividades diversificadas, como jogos, brincadeiras em geral. Preocupado com o caráter utilitarista do ensino, Wallon pontuou que a diversão deve ter fins em si mesmos, possibilitando às crianças o despertar de capacidades, como a articulação com os colegas, sem preocupações didáticas.
         No entanto Piaget, focado no que as crianças pensam sobre tempo, espaço e movimento, estudou como diferem as características do brincar de acordo com as faixas etárias. Ele descobriu que, enquanto os menores fazem descobertas com experimentações e atividades repetitivas, os maiores lidam com o desafio de compreender o outro e traçar regras comuns para as brincadeiras, aguçando o seu lado competitivas.
          Por outro lado, Vygotsky aponta que a produção de cultura depende de processos interpessoais. Ou seja, não cabe apenas ao desenvolvimento de um indivíduo, mas às relações dentro de um grupo. Por isso, destacou a importância do educador como mediador e responsável por ampliar o repertório cultural das crianças. Consciente de que elas se comunicam pelo brincar, Vygotsky considerou uma intervenção positiva a apresentação de novas brincadeiras e de instrumentos para enriquecê-las. Ele afirmava que a escola tem um papel importante que é o de desenvolver a autonomia da turma. E, para ele, esse processo depende de intervenções que coloquem elementos desafiadores nas atividades, possibilitando a criança a desenvolver essa habilidade.
        Como sabemos esse papel de mediador ficar a cargo do educador, porém o mesmo necessita de suporte, orientação daí então entra o papel do psicopedagogo com este suporte e orientação do educador bem como da criança.



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