Para que esse processo seja possível é necessário que exista maturidade adequada das bases neurofuncionais que o sustentam. Estas bases são a sustentação de todas as modalidades perceptivas, sobretudo da visual e auditiva, que marcam esse processo. Esta aprendizagem não envolve somente uma simples associação de neurônios que intervém, mas também a integração das diferentes destrezas que o cérebro utiliza para processar a informação dada pelos grafemas e fonemas que são percebidos ela visão e pela audição. Aprender a ler não significa somente associar letra com som e palavra como significado, mas sim implica aprender uma forma de decodificar diferentes da que é utilizada na linguagem oral.
Nesta forma de decodificação é preciso:
· Receber;
· Reconhecer;
· Elaborar;
· Interpretar símbolos.
São estabelecidas uma série de associação visoauditivas, visioespaciais, audiovisuais e visiomotoras complexa, sucessivas e simultâneas.
Nesse processo têm-se dois hemisférios cerebrais. O direito ajuda a reconhecer as palavras como um todo. Está especializado para reconhecer dados sensoriais e formar imagens. Não é regido pela lógica, é anárgico e funciona pela intuição. Funciona de forma global e simultânea. As imagens mentais têm grande conteúdo afetivo. Este hemisfério processa os dados perceptivos, cria esquema novos sem a necessidade de relacionar-se com os anteriores, faz a função de sintetizar, não de analisar.
O hemisfério esquerdo processa os dados simbólicos, comprara os dados novos com pré-existente trabalha analiticamente, é regido pela lógica. Este hemisfério é o substrato das linguagens proposicional que são construídas em sequencias, a linguagem verbal e a linguagem musical.
Conforme as ações se automatizam, intervém mais o hemisfério esquerdo na velocidade e qualidade do processamento, enquanto o direito continua processando a nova informação que entra e utiliza os aspectos criativos necessários para as atividades.
Para compreender a leitura são colocados em funcionamento vários processos que envolvem destrezas visioespaciais de reconhecimento de grafemas, nos quais intervêm eminentemente as áreas visuais do hemisfério direito. Se, além disso, a leitura é realizada em voz alta, devem ser acrescidos ao processo outros mecanismos como os da audibilização, além dos visioespaciais. Neste caso intervém o hemisfério esquerdo, em especial o lóbulo temporal. Além desses processos cortinais, devem ser aumentadas as funções dos gânglios da base de cerebelo que contribuem na parte motora da fada. Quando o processo ocorre de uma maneira fácil e normal, os mecanismos tornam-se automáticos e a criança lê sem preocupar-se com mecânica para concentrar-se na compreensão. Porém, quando a criança tem dificuldade no aprendizado como uma dislexia, discalculia, dislalia etc., ela não consegue fazer esse processo sem ajuda de um profissional, tão pouco o educador saberá trabalhar o processo de desenvolvimento desta criança sem uma orientação adequada.
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