quinta-feira, 24 de abril de 2014

TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM



Dentre vários  transtornos de aprendizagem o mais frequente são: leitura e escrita.
O transtorno de leitura, também conhecido como dislexia, é caracterizado por uma dificuldade específica em compreender palavras escritas. Dessa forma, pode-se afirmar que se trata de um transtorno específico das habilidades de leitura, que sob nenhuma hipótese está relacionado à idade mental, problemas de acuidade visual ou baixo nível de escolaridade.
Dislexia é um dos muitos distúrbios de aprendizagem. É um distúrbio específico de origem constitucional caracterizado por uma dificuldade na decodificação de palavras simples que, como regra, mostra uma insuficiência no processamento fonológico. Essas dificuldades não são esperadas com relação à idade e a outras dificuldades acadêmicas cognitivas; não são um resultado de distúrbios de desenvolvimento geral nem sensorial. A dislexia se manifesta por várias dificuldades em diferentes formas de linguagem frequentemente incluindo, além das dificuldades com leitura, uma dificuldade de escrita e de soletração.
No transtorno de leitura podem ser caracterizadas distorções, substituições e omissões de palavras na leitura oral. Tanto a leitura em voz alta, quanto à silenciosa caracterizam-se por lentidão e erros de compreensão.
O transtorno de escrita, também conhecido como Disortografia, consiste em habilidades de escrita acentuadamente abaixo do nível esperado. Geralmente, existe uma combinação de dificuldades na capacidade do indivíduo de compor textos escritos evidenciados por erros de gramática e pontuação dentro das frases, má organização dos parágrafos, múltiplos erros de ortografia e caligrafia ruim.
A disortográfica consiste numa escrita, não necessariamente digráfica, mas com numerosos erros, que se manifesta logo que se tenham adquirido os mecanismos da leitura e da escrita. Um sujeito é disortográfico quando comete um grande número de erros.
Dentre os diversos motivos que podem condicionar uma escrita desse tipo, destacamos:
- Alterações na linguagem: atraso na aquisição ou no desenvolvimento e utilização da linguagem, junto a um escasso nível verbal, com pobreza de vocabulário (código restrito), podem facilitar os erros de escrita. Dentro desta área estão os erros originados por uma alteração específica da linguagem, como são os casos das dislalias e/ou disartrias, prejudicando o desenvolvimento.
- Erros na percepção, tanto visual como auditiva: fundamentalmente estão baseados numa dificuldade para memorizar os esquemas gráficos ou para discriminar qualitativamente os fonemas.
- Falhas de atenção: se esta é instável ou frágil, não permite que a criança, em sua fase inicial, promova uma fixação dos grafemas ou dos fonemas corretamente.
Uma aprendizagem incorreta da leitura e da escrita, especialmente na fase de iniciação, pode originar lacunas de base com a consequente insegurança para escrever. Igualmente numa etapa posterior, a aprendizagem deficiente de normas gramaticais pode levar à realização de erros ortográficos que não se produziriam se não existissem lacunas no conhecimento gramatical da língua na fase inicial do aprendizado.
Para Vygotsky, é o próprio meio que influencia na aprendizagem da criança, ou seja, a criança constrói o seu conhecimento a partir do momento em que interage com outras crianças. Essa socialização gradativa garantirá novos horizontes no seu aprendizado. Já Piaget destaca que a aprendizagem se processa em períodos e que a criança aprende de acordo com a faixa etária.
Outra teoria considerável é a da Emília Ferreiro, acreditando que a criança que convive num ambiente onde os pais são cidadãos que possuem maior grau de informação, possuem maiores condições de serem alfabetizados com mais frequência, devido ao acesso a leitura e a escrita.
Assim, o processo de alfabetização deve proporcionar situações nas quais os alunos participam de práticas sociais de leitura e da escrita.
Os termos dificuldades e transtornos de aprendizagem têm gerado muitas controvérsias entre os profissionais, tanto da área da educação quanto da saúde. Isto porque, há uma sintomatologia muito ampla, com diversidade de fatores etiológicos, quando se considera o aprendizado da leitura, escrita e matemática.
Entretanto, se faz necessária uma adequação nestas terminologias a fim de possibilitar uma homogeneização quando estes casos são discutidos pelos profissionais das áreas afins. Uma das principais preocupações dos professores, diretores, coordenadores  e supervisores, é saber que a escola ainda não consegue responder, eficazmente, ao desafio de trabalhar com as necessidades educacionais das crianças especiais, especialmente as relacionadas com os transtornos de aprendizagem de linguagem e escrita, como: dislexia, disgrafia, discalculia, disortográfica  dentre outras. No entanto, são transtornos que preocupam os pais porque sabem que o sucesso escolar de seus filhos dependem totalmente da aprendizagem eficiente da leitura e todos esperam ansiosos uma solução para tais problemas enfrentados nas instituições escolares.


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