Até que ponto é normal agressividade na infância?
Incerteza e
fragilidade são os principais motivos que causam comportamentos agressivos por
parte das crianças, podendo resultar em ferimentos nela própria e em outras
pessoas. Situações como o nascimento de um bebê na família, separação dos pais,
briga entre os pais ou então a perda de algum parente próximo contribuem para a
mudança repentina na maneira de agir da criança.
A maioria das
crianças age por emoção e quase nunca por raciocínio. Por não saberem lidar com
alguns sentimentos, podem expressá-las por meio de atos agressivos. Elas acham
que tudo se resolve batendo, gritando.
Sabe-se, no
entanto, que a agressividade não é um traço de personalidade. A criança está
agressiva, certamente ela está sendo influenciado pelo cotidiano familiar e, em
menor escala, por fatores externos, como a televisão, amizades, entre outros.
Pais e educadores devem
ficar preocupados quando as atitudes perturbadoras se tornam prolongadas. Algumas
vezes, as crianças apresentam uma agressividade não apenas transitória, mas
permanente, ou seja, parecem estar sempre provocando situações de briga. Quando
isso estiver acontecendo é o momento de entrar em ação, tomar uma atitude.
Atentar muito bem para
cada atitude e manter o diálogo são os primeiros passos para descobrir a causa do
problema. Muitas vezes, a criança menor da família pode estar vivendo situações
de conflito, seja em casa ou na escola, que o faça desempenhar algum tipo de
papel, agredindo e deixando-se agredir, como consequência desta dinâmica em que
pode estar inserido.
Comportamento
agressivo geralmente se origina por inúmeras razões, veja algumas:
·
Dificuldade
de relacionamento com outras crianças;
·
Algum tipo de abuso ou humilhação por parte
dos adultos;
·
Pais
que evitam dizer “NÃO” quando
necessário isso pode transformar em uma criança possessiva ou excesso de
cobrança.
Nestas situações a
criança precisa de ajuda, mais do que de punição. Torna-se urgente assisti-la,
por meio de muita observação e diálogo, para que se possa interromper esse ciclo
de agressividade. É recomendada a ajuda de um especialista, que orientará os
pais e educadores sobre a maneira correta de proceder.
Outra maneira importante é a relação de
integração entre a família e a escola. Saber sobre o comportamento da criança
fora de casa e informar a educadora sobre os problemas percebidos podem ser
fundamentais. Às vezes, há uma melhora sensível quando a criança percebe que
seus pais enxergaram o problema. Como se percebe, o afeto e o caminho são o
caminho mais seguro e menos traumático para arrancar a tensão da criança.