CASTIGAR OU IGNORAR?
Reconhecer que não é fácil lidar com a agressividade, principalmente quando ela é cometida
por uma criança. A queixa de agressividade em crianças pequenas é mais comum do
que se possa imaginar.
O comportamento agressivo é uma manifestação
de perturbação de conduta e caracteriza-se por uma situação de conflito crônico com os coleguinhas, os educadores e os até mesmo com os pais, resultando muitas
vezes em danos físicos na própria criança ou nos outros.
A
agressividade na criança pode gerar agressividade no adulto, tanto verbal como
com recurso a castigos físicos, o que leva a um círculo vicioso difícil de quebrar. Todas as vezes que uma criança agressiva tenha um
comportamento adequado, não agressivo, deve ser recompensada e elogiada, de
modo a melhorar a sua autoestima. Deve-se
demonstrar para crianças que existem outras formas não agressivas de se
relacionar com os outros e com o meio ambiente no qual ela está inserida. A
criança tem que se sentir amada, segura, respeitada.
A
ausência de regras e limites também é uma das principais causas da
agressividade na primeira infância que acaba se estendendo até a fase adulta. Quando
pais e educadores adotam uma postura passiva na educação das crianças, isto é,
com ausência de regras e limites, resulta em uma excessiva tolerância que em
nada contribui para a estruturação da personalidade destas crianças, que
crescem com dificuldades em controlar os impulsos e de lidar com a frustração.
Crianças
que não tem limite, não conhecem regras tende a ter dificuldade de lidar com um
“não” quando o ouve. Tais fatores são os que mais se encontra nas crianças que
são sinalizadas com comportamentos violentas, sem limites, mal educadas. Pais e
educadores, quando sentem que já não conseguem controlar a situação, procuram
ajuda de um especialista na área da Psicopedagogia e Psicologia, pois os
reflexos desta agressividade são baixo rendimento escolar, isolamento, depressão
dentre outros sintomas.
A antiga
e dolorosa indagação surge, os castigos ou descansos, como queiram defini-los, será
que ajudam a controlar, amenizar a agressividade ou apenas coloca mais lenha na
fogueira? A quem os defenda, caso sejam aplicados de forma adequada, ou seja, se
forem acompanhados, coerentes, perto da ação que os motivou e de curta duração,
como 10 minutos sentado em um lugar terminado anteriormente. Podem contribuir
para que a criança perceba a dimensão negativa do comportamento agressivo. Esses
castigos ou descanso devem ser acompanhados de uma conversa antes e depois,
durante jamais. É importante definir a quantidade de minutos que a crianças irá
permanecer no descanso.
Ressalta-se que educar, disciplinar uma
criança não deve somente se limita às punições e castigos. Devem igualmente ser
ensinadas formas de resistir ao impulso, de aprender a esperar, de respeitar os
direitos dos outros e promover estratégias alternativas para a resolução dos
problemas. A relação de confiança entre a criança e o adulto deve ser sempre estimulada.
Pois a confiança deve ser a palavra primordial entre qualquer relação principalmente
entre pais e filhos.
A maioria
das crianças que ter comportamento agressivo tenta passar muitas vezes
justificar o comportamento agressivo. As justificativas são as mais diversas possíveis
como: “Não fui que comecei”, “foi sem querer”, “eu só fiz triscar nele”, ”me
desculpe, nunca mais vou fazer”, “eu disse para não mexer comigo”. Educadores e
pais devem está criando estratégias para frases como essas, pois elas irão
sempre aparecerem após uma agressão.
Crianças que agridem com frequência tem na maioria
das vezes a autoestima baixa, é importante antes das punições a criança saber
que apesar da agressividade que cometeu ela é uma criança amada, importante,
inteligente, bonita e carinhosa. Todos esses elogios não mudará em nada a
punição, a fazer entender que diante de todas as características que foi atribuída
a ela, ela terá que ser punida, pois tudo que fazer na vida tem uma consequência,
dependo das ações essas consequências poderão ser boas ou ruins.
A agressividade
ocasional não é um comportamento desadequado e não deve ser motivo de
preocupação. No entanto, é necessário procurar ajuda quando a criança recorre
sistematicamente a este comportamento, não consegue controlar o impulso
agressivo, não cede às medidas aplicadas para o modificar nem é capaz de
estabelecer uma relação positiva com os adultos do seu meio ambiente, neste
caso, é de suma importância procurar ajuda de um profissional.
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