quinta-feira, 3 de setembro de 2015


CASTIGAR OU IGNORAR?



Reconhecer que não é fácil lidar com a agressividade, principalmente quando ela é cometida por uma criança. A queixa de agressividade em crianças pequenas é mais comum do que se possa imaginar.

 O comportamento agressivo é uma manifestação de perturbação de conduta e caracteriza-se por uma situação de conflito crônico com os coleguinhas, os educadores e os até mesmo com os pais, resultando muitas vezes em danos físicos na própria criança ou nos outros.

A agressividade na criança pode gerar agressividade no adulto, tanto verbal como com recurso a castigos físicos, o que leva a um círculo vicioso difícil de quebrar.  Todas as vezes que uma criança agressiva tenha um comportamento adequado, não agressivo, deve ser recompensada e elogiada, de modo a melhorar a sua autoestima.  Deve-se demonstrar para crianças que existem outras formas não agressivas de se relacionar com os outros e com o meio ambiente no qual ela está inserida. A criança tem que se sentir amada, segura, respeitada.



A ausência de regras e limites também é uma das principais causas da agressividade na primeira infância que acaba se estendendo até a fase adulta. Quando pais e educadores adotam uma postura passiva na educação das crianças, isto é, com ausência de regras e limites, resulta em uma excessiva tolerância que em nada contribui para a estruturação da personalidade destas crianças, que crescem com dificuldades em controlar os impulsos e de lidar com a frustração.

Crianças que não tem limite, não conhecem regras tende a ter dificuldade de lidar com um “não” quando o ouve. Tais fatores são os que mais se encontra nas crianças que são sinalizadas com comportamentos violentas, sem limites, mal educadas. Pais e educadores, quando sentem que já não conseguem controlar a situação, procuram ajuda de um especialista na área da Psicopedagogia e Psicologia, pois os reflexos desta agressividade são baixo rendimento escolar, isolamento, depressão dentre outros sintomas.


A antiga e dolorosa indagação surge, os castigos ou descansos, como queiram defini-los, será que ajudam a controlar, amenizar a agressividade ou apenas coloca mais lenha na fogueira? A quem os defenda, caso sejam aplicados de forma adequada, ou seja, se forem acompanhados, coerentes, perto da ação que os motivou e de curta duração, como 10 minutos sentado em um lugar terminado anteriormente. Podem contribuir para que a criança perceba a dimensão negativa do comportamento agressivo. Esses castigos ou descanso devem ser acompanhados de uma conversa antes e depois, durante jamais. É importante definir a quantidade de minutos que a crianças irá permanecer no descanso.

 Ressalta-se que educar, disciplinar uma criança não deve somente se limita às punições e castigos. Devem igualmente ser ensinadas formas de resistir ao impulso, de aprender a esperar, de respeitar os direitos dos outros e promover estratégias alternativas para a resolução dos problemas. A relação de confiança entre a criança e o adulto deve ser sempre estimulada. Pois a confiança deve ser a palavra primordial entre qualquer relação principalmente entre pais e filhos.

A maioria das crianças que ter comportamento agressivo tenta passar muitas vezes justificar o comportamento agressivo. As justificativas são as mais diversas possíveis como: “Não fui que comecei”, “foi sem querer”, “eu só fiz triscar nele”, ”me desculpe, nunca mais vou fazer”, “eu disse para não mexer comigo”. Educadores e pais devem está criando estratégias para frases como essas, pois elas irão sempre aparecerem após uma agressão.
 Crianças que agridem com frequência tem na maioria das vezes a autoestima baixa, é importante antes das punições a criança saber que apesar da agressividade que cometeu ela é uma criança amada, importante, inteligente, bonita e carinhosa. Todos esses elogios não mudará em nada a punição, a fazer entender que diante de todas as características que foi atribuída a ela, ela terá que ser punida, pois tudo que fazer na vida tem uma consequência, dependo das ações essas consequências poderão ser boas ou ruins.


A agressividade ocasional não é um comportamento desadequado e não deve ser motivo de preocupação. No entanto, é necessário procurar ajuda quando a criança recorre sistematicamente a este comportamento, não consegue controlar o impulso agressivo, não cede às medidas aplicadas para o modificar nem é capaz de estabelecer uma relação positiva com os adultos do seu meio ambiente, neste caso, é de suma importância procurar ajuda de um profissional.

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