Já estamos cansados de ouvimos a
frase: “O educador é o espelho da criança”, porém, isso não é apenas uma frase bonita que coordenador diz ao educador para que o mesmo
cuide bem de seu aluno. Na realidade a
criança tende a se espelhar muito no educador. Quando recebo pais no meu
consultório ouço muito eles dizerem que não concordam com alguns métodos usados
pela escola, pelo educador e quando vão explicar o filho à forma que eles acham
correta se deparam com um grande dilema, pois a criança insiste em dizer que os
pais estão errados e a “tia”, o educador é quem está certo, na realidade a
criança está certa ou seja, a educadora está certa. Às vezes os pais não
entendem algumas formas que o educador tem que fazer pra alcançar seu objetivo,
principalmente quando se trata de crianças com dificuldade no aprendizado.
Criança com dificuldade no
aprendizado e sem acompanhamento adequado não consegue se desenvolver, o
educador faz o que pode o que está ao seu alcance. Muitas vezes ele sabe que a
criança tem alguma dificuldade em aprender, mais não sabe ao certo que tipo de
dificuldade é. Muito dizem logo que a criança é hiperativa. Toda criança
agitada é logo taxada, rotulada de hiperativa, mais na maioria do resultado da inquietude
da criança é porque elas não conseguem assimilar o conteúdo então fica mexendo
com e com outro, não aprende e não deixa os outros aprenderem.
As crianças com dislexia têm muitas dificuldades
em identificar palavras impressas em letra de imprensa, e deste modo ler e
escrever é difícil para elas. Talvez consigam entender alguns conceitos, ideias
lidos em voz alta, no entanto, ler ou escrever algo usando as suas próprias
palavras arriscaria até em dizer que é impossível.
Têm dificuldade em se lembrar das
palavras completas. Enquanto os alunos de uma turma consegue juntar um conjunto
de palavras, aprender a formar frases, as crianças com dislexia não
reconhecerão muitas ou mesmo nenhumas palavras, sendo bem mais difícil para
elas ler e escrever.
A criança dislexia, quando não recebe
uma atenção especial, torna-se numa experiência dolorosa, mesmo noutros campos
sem ser a da escola.
De forma a que possamos ajudar estes
indivíduos a ter uma vivência mais confortável e favorável, há que proceder a
um despiste o mais cedo possível, de forma a permitir mais tarde, na altura em
que dão entrada na escola, no 1º período do ensino infantil, ao lidar com as
letras, números e signos mais prazeroso e estimulante, contrapondo a angústia,
desmotivação, raiva e mágoa que a maior parte sente quando se depara com a
diferença constatada entre os seus pares.
É de enorme ajuda saber diferenciar a
lateralidade, a diferença entre a direita e a esquerda, o alto do baixo, o
longe do perto, antes mesmo de tentar aprender a ler e a escrever. Se uma
criança não aprende da maneira como a ensinamos, então cabe a nós ensiná-la da
maneira como ela aprende, sendo importante que a criança perceba o sentido de
orientação para que mais tarde a tarefa de aprender a ler não seja tão penosa.
É primordial um
despiste na fase em que a criança se encontra ainda na educação infantil (0
famoso jardim de infância ou pré-escola). Quanto mais cedo o despiste, mais
depressa poderá ser trabalhada a adaptação ao encontro com as letras, números,
conceitos que irá aprender aquando entrar no ensino fundamental menor(1º
ao 5º ano), de forma a que lhe seja permitido um maior gosto pela aprendizagem,
respeitando o seu próprio ritmo, e acima de tudo, lhe permita maior felicidade
no dia a dia.
A dificuldade mais
conhecida e que vem tendo grande repercussão na atualidade é a dislexia, porém,
é necessário estarmos atentos a outros sérios problemas: disgrafia,
discalculia, dislalia, disortografia e o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção
e Hiperatividade).
Dislexia: é a dificuldade que aparece na leitura, impedindo o aluno de ler
fluente, pois faz trocas ou omissões de letras, inverte sílabas, apresenta
leitura lenta, dá pulos de linhas ao ler um texto, etc. Estudiosos afirmam que
sua causa vem de fatores genéticos, mas nada foi comprovado pela medicina.
Disgrafia: normalmente vem
associada à dislexia, porque se o aluno faz trocas e inversões de letras consequentemente
encontra dificuldade na escrita. Além disso, está associada a letras mal
traçadas e ilegíveis, letras muito próximas e desorganização ao produzir um
texto.
Discalculia: é a dificuldade para cálculos e números, de um modo geral os
portadores não identificam os sinais das quatro operações e não sabem usá-los,
não entendem enunciados de problemas, não conseguem quantificar ou fazer comparações,
não entendem sequências lógicas e outros. Esse problema é um dos mais sérios,
porém ainda pouco conhecido.
Dislalia: é a dificuldade na emissão da fala, apresenta pronúncia inadequada das
palavras, com trocas de fonemas e sons errados, tornando-as confusas.
Manifesta-se mais em pessoas com problemas no palato, flacidez na língua ou
lábio leporino.
Disortografia: é a dificuldade na
linguagem escrita e também pode aparecer como conseqüência da dislexia. Suas
principais características são: troca de grafemas, desmotivação para escrever,
aglutinação ou separação indevida das palavras, falta de percepção e
compreensão dos sinais de pontuação e acentuação.
TDAH: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é um problema de ordem
neurológica, que traz consigo sinais evidentes de inquietude, desatenção, falta
de concentração e impulsividade. Hoje em dia é muito comum vermos crianças e
adolescentes sendo rotulados como DDA (Distúrbio de Déficit de Atenção), porque
apresentam alguma agitação, nervosismo e inquietação, fatores que podem advir
de causas emocionais. É importante que esse diagnóstico seja feito por um
médico e outros profissionais capacitados.
Seja qual for a dificuldade é importante que esse diagnóstico seja feito por um médico e ou um profissionais capacitados. E lembre-se que o educador é o espelho do educando, ele tende a imitar seu exemplo e ter o que o educador diz como uma lei.
Sem comentários:
Enviar um comentário