sexta-feira, 26 de julho de 2013

CUIDADO COM AS ROTULAÇÕES: SEU FILHO É HIPERATIVO OU SAPECA?

                
                        NEM TODO CRIANÇA AGITADA É HIPERATIVA.



    Uma das coisas que sempre me preocupou foi à questão das rotulações, pois ouço muitos educadores e pais ao procurem ajuda psicopedagógica na maioria das vezes já trazem uma rotulação aderida a criança, a mais comum se a criança for agitada é a de hiperativa. Ao atendê-la logo de cara na primeira sessão observo que a criança não tem nenhum traço de hiperatividade apenas é uma criança normal que muitas vezes quer mostrar ao educador que não aguenta passar 4 horas por dia sentado assistindo uma aula chata, sem nenhum atrativo que a leve ter prazer em está naquela sala de aula.

    A hiperatividade é um dos componentes mais conhecidos do TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade). A criança hiperativa mostra atividade maior que outras crianças da mesma idade. É comum as crianças serem ativas, sem que isto seja uma hiperatividade anormal ou patológica. A diferença é que a criança hiperativa mostra um excesso de comportamentos, em relação às outras crianças, além de dificuldade em manter a concentração é impulsividade, agitada e desorganizada.

     A crianças hiperativa são um desafio para seus pais, familiares e educadores. Elas são o que muitos chamam de elétrica, não param um segundo há não ser quando estão dormindo e mesmo dormindo muitas vezes se agitam, se mexem muito.

     As crianças hiperativas são crianças muito inteligentes, espertas, porém, acabam não se desenvolvendo tão bem quanto sua inteligência devido à falta de concentração, da organização já que são muito bagunceiras. Não respeitam limites e tão pouco regras, geralmente fazem o que quer quando querem e na hora que querem.


     PONTOS IMPORTANTES A SER OBSERVADO PARA IDENTIFICAR UMA CRIANÇA HIPERATIVA:

Ø     Frequentemente ela envolve-se em atividades físicas perigosas sem levar em consideração as possíveis consequências;


Ø     Apresenta dificuldade para esperar a sua vez em jogos ou situações de grupo;


Ø     Apresenta dificuldade para ouvir os outros e grita excessivamente;


Ø     Frequentemente ela parece não escutar o que está sendo dito;


Ø     Apresenta dificuldade para brincar tranquilamente;



Ø     Distrai-se facilmente com estímulos externos;

 Ø     Frequentemente passa de uma tarefa incompleta a outra;


Ø     Frequentemente ela interrompe ou incomoda os outros;


Ø     Ele esfrega frequentemente as mãos ou os pés ou fica se contorcendo na cadeira;


           OUTRAS CARACTERÍSTICAS DOS HIPERATIVOS:
Ø     Apresenta dificuldade para permanecer sentada quando lhe é exigido;
Ø     Frequentemente, deixa escapar impulsivamente as respostas antes que as perguntas sejam concluídas;
Ø     Apresenta dificuldade para seguir instruções de outros, mesmo quando ela as compreende e não tenta contrariá-las;
Ø     Apresenta dificuldade para manter a atenção em tarefas ou em atividades lúdicas;
Ø     Frequentemente ela fala excessivamente;
Ø     Frequentemente ela parece não escutar o que está sendo dito;
Ø     Frequentemente ela perde as coisas necessárias para tarefas ou atividades na escola ou em casa.
     Se você tem um filho ou um aluno com essas características faça o teste abaixo para verificar se sua criança é hiperativa, caso dê positivo procure ajuda. Porém não fiquem preocupadas, pois alguns dos gênios da humanidade eram hiperativos como: Tom Cruise (ator), Alexander Gahan Bell( inventor do telefone), Jim Carrey ( ator), Leonardo da Vinci ( pintor e artista plástico), Wall Disney ( criador da Disney) e muitos outros, e conviviam normais com a hiperatividade. Porém, quem não convive bem com a hiperatividade são as pessoas próximas do hiperativo, não aquentam seu ritmo acelerado.

     TESTE

1. Seu filho fala muito e muda de assunto rapidamente, sem terminar o tema anterior? ( ) Sim ( ) Não 

2. A escola costuma fazer queixas de que seu filho não tem atenção nas aulas e se distrai com muita facilidade? ( )Sim ( ) Não

3. Seu filho sente muita dificuldade em terminar as tarefas escolares e sempre precisa de ajuda? ( )Sim ( ) Não

4. Ele é desorganizado com seus objetos pessoais, roupas, brinquedos e material escolar? ( )Sim ( ) Não

5. Ele constantemente inventa atividade com algum grau de perigo? ( )Sim ( )Não

6. Seu filho realiza as atividades sempre com muita pressa e desinteresse? ( )Sim ( ) Não )



    RESULTADO: Maioria das respostas SIM:
Ø Seu filho pode estar apresentando sintomas de hiperatividade. Esse excesso de agitação pode comprometer a vida da criança e trazer prejuízos a nível escolar, familiar e social. Maioria das respostas NÃO:
   
  
      Seu filho apresenta equilíbrio emocional, sendo um bom aluno e convivendo bem com a família é com os amigos. Ele sabe respeitar regras e tem limites bem definidos, o que facilita o relacionamento com as demais pessoas e o aprendizado.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

AS CRIANÇAS FALAM ATRAVÉS DE SEUS DESENHOS.

      
                      Como entender os desenhos das crianças?



    Mais que uma atividade lúdica, criar e colorir desenhos tem um papel muito importante no desenvolvimento de várias capacidades infantis, mas não só. Um desenho feito por uma criança exprime emoções, opiniões, medos, dúvidas e características da sua personalidade. Não é por acaso que os desenhos são uma ferramenta de trabalho preciosa nas avaliações psicológicas infantis e terapias posteriores. Saiba a que tipo de desenhos deve estar atento.

     A FORÇA DE UM DESENHO:

     As crianças privilegiam uma folha de papel branca e lápis de cera para exprimir as suas opiniões, sentimentos e medos, mais do que a comunicação verbal. É esta a forma que a criançada encontra para contar uma história que terá, invariavelmente, representações de cenas e de pessoas da sua vida real. Um desenho encerra um sem número de significados, presentes em pequenos pormenores que podem não ser imediatamente evidentes, mas que com um olhar mais atento podem revelar algo que possa estar a afetar a criança de forma negativa.

      MENINAS X MENINOS:

     Quem já teve oportunidade de analisar desenhos criados por meninos e meninas rapidamente verificam que, na maior parte dos casos, existem diferenças notórias. Por norma, os desenhos de crianças do sexo masculino estão intimamente ligados à ação e à força, sendo por consequência mais escuros e até mais agressivos (podem incluir explosões, armas e monstros, por exemplo); enquanto os desenhos de crianças do sexo feminino estão mais voltados para a natureza e a serenidade, sendo mais contemplativos, belos e coloridos (incluem, não raras vezes, o sol, as nuvens, flores e personagens fantasiosas como fadas, por exemplo).

     COMO INTERPRETAR OS DESENHOS?

Uma área específica e alvo de estudo intensivo, os desenhos infantis são matéria privilegiada no campo da Psicopedagogia e Psicologia, o que significa que nem os professores ou educadores de infância estão completamente treinados para decifrar desenhos. Porém, existem sinais de alerta, presentes nos desenhos das crianças, que podem despertar pais e professores para situações anormais. A interpretação dos desenhos deve ser feita consoante a idade da criança, ou seja, um desenho todo preto feito por uma criança de 02 anos pode não ter nenhuma conotação negativa, uma vez que esta ainda não tem uma consciência clara da escolha das cores, ao invés de uma criança mais velha, com 04 ou 05 anos. No entanto, é importante irmos mais longe nesta matéria e defendemos ainda a importância de não avaliar o desenho isoladamente, mas de considerar, para além da idade da criança, a sua personalidade, o seu desenvolvimento cognitivo e ainda o seu histórico de desenhos. Em adição, há, naturalmente, o contexto do desenho, ou seja, sugere-se que o adulto fale frequentemente com a criança sobre aquilo que desenha.


DEVEM PRESTAR ATENÇÃO EM:

Ø     Cores utilizadas e vivacidade das mesmas;
Ø     Força ou interrupção do traço;
Ø     Existência de sombras;
Ø     Isolamento de determinadas figuras (“fechadas” dentro de um quadrado ou de um círculo, por exemplo);
Ø     Ausência de determinadas figuras ou representação das mesmas numa escala muito reduzida;
Ø     Agressividade de determinadas figuras;
Ø     A criança passa a desenhar, continuadamente, cenários de violência;
Ø     Desenha repetidamente a mesma figura;
Ø     Se alguma figura é riscada ou apagada, depois de desenhada;
Ø     Desenha figuras sem cabeça ou sem rosto;
Ø     Não consegue desenhar-se a si próprio, numa imagem de família, por exemplo;
Ø     Desenhar cenários que não são adequados à sua idade.

     O QUE FAZER?

ü     Não entre em pânico, nem proíba a criança de desenhar. O desenho tanto pode revelar algo negativo, como não. Mas, independentemente da conclusão final, é sempre preferível saber e descobrir antecipadamente algo que esteja menos bem na vida da criança;
ü     Como os adultos nem sempre vêem o que o imaginário das crianças (e a falta de técnica, compreensível nos mais novos) transpõe para o papel, é essencial manter um diálogo aberto sobre os desenhos infantis, sem recriminações, apenas muitos “porquês”. Procure descobrir a “história” por de trás de cada desenho;
ü     Se verificar um ou mais “sinais de alerta” (transcritos na lista acima), é importante reunir os desenhos mais recentes da criança, para verificar se existe uma recorrência desse padrão ou não. Se necessário, marque uma reunião com a professora, de forma a poder também ter acesso aos desenhos efetuados na escola;
ü     Fale com a criança sobre os desenhos em questão, tentando descobrir o que está por de trás dos mesmos, ou seja, a criança pode ou não dizer-lhe exatamente o que se passa ou o que se passou, por isso, será necessário estar atento às “entrelinhas”;
ü     Se os desenhos da criança continuar a alarmá-lo, procure ajuda profissional (Psicólogo ou Psicopedagogo);
ü     Acima de tudo, não desencoraje a criança de desenhar, esta é uma atividade lúdica, criativa e educacional, que deve ser praticada continuamente, até porque os seus benefícios são mais do que muitos.

FORMAS DE INTERPRETAÇÃO DO DESENHO INFANTIL.

Existem algumas pistas que podem orientar os pais sobre o que diz o desenho do seu filho. No entanto, são puramente orientações. Segundo a especialista canadense, Nicole Bédard, o desenho diz muitas coisas. Exemplos:

POSIÇÃO DO DESENHO:

Ø      A parte inferior do papel nos informa sobre as necessidades físicas e materiais que pode ter a criança;


Ø      O lado esquerdo indica pensamentos que giram em torno ao passado;


Ø      A parte superior do papel, está relacionado com a cabeça, o intelecto, a imaginação, a curiosidade e o desejo de descobrir coisas novas;


  Lado direito, ao futuro. Se o desenho se situa no centro do papel, representa o momento atual.



DIMENSÕES DO DESENHO: 

Os desenhos com formas grandes mostram certa segurança, enquanto os de formas pequenas parecem ser feitas por crianças que normalmente precisam de pouco espaço para se expressar. Podem também sugerir uma criança reflexiva, ou com falta de confiança.
       
                   


TRAÇOS DO DESENHO: 

 Os contínuos, sem interrupções, parecem denotar um espírito dócil, enquanto o apagado ou falhado, pode revelar uma criança um pouco insegura e impulsiva.

A PRESSÃO DO DESENHO: 

Uma boa pressão indica entusiasmo e vontade. Quanto mais forte seja o desenho, mais agressividade existirá, enquanto as mais superficiais demonstram falta de vontade ou fadiga física.



AS CORES DO DESENHO 

Ø      O vermelho representa a vida, o ardor, o ativo;


Ø       O amarelo, a curiosidade e alegria de viver; 


Ø      A laranja, necessidade de contato social e público, impaciência; 


Ø      O azul, a paz e a tranquilidade;


Ø      O verde, certa maturidade, sensibilidade e intuição; 


O negro representa o inconsciente;


Ø      O marrom, a segurança e planejamento.


       É necessário acrescentar que o desenho de uma só cor, pode denotar preguiça, falta de motivação ou também falta de opção de cores como já aconteceu de uma educadora vir falar comigo sobre uma criança que pintava todos os desenhos de preto, ao averiguar, verifiquei que no potinho que tinha sido disponibilizada para que a criança pintasse o desenho só havia lápis de cor preta, então ela não tinha opção de cores.
Esses tipos de interpretação são apenas uma pincelada dentro do grande mundo que é o desenho infantil. Não devemos generalizá-los. Cada criança é um mundo, assim como as regras de interpretação do desenho infantil. Se alguma coisa te preocupa no seu filho, e se for necessário, busque um especialista.
Entre 02 e 03 anos de idade, a criança ainda não faz desenhos com significado representativo. Gradativamente a criança vai expressando traços mais significativos, entre os 02 e 03 anos, o que se nota são traços leves, ou fortes, pequenos rabiscos, etc. Entre os 03 e 05 anos de idade, a criança já tenta desenhar de acordo com a sua realidade, e conforme a própria percepção. Evidente que ainda são traços sem grande expressão, mas que para a criança tem todo um sentido.

SIGNIFICADOS DE ALGUNS DESENHOS:

Ø      Árvore: Refere-se ao físico, emocional e intelectual da criança, Quando o tronco da arvore é alto e largo, revela que seu filho tem muita força na superação dos problemas. Quando o tronco for pequeno e estreito, revela vulnerabilidade às complicações. Se houver excesso de folhas, a criança tem grandes ocupações talvez em excesso. Se houver poucas folhas, e galhos a criança está triste;


  
Ø      Flores: desenhar flores significa que seu filho é uma criança alegre e feliz;

Ø      Casa: Desenho de uma casa grande demonstra grande emotividade, se for uma casa pequenina seu filho demonstra que é uma criança retraída;




Ø      Barco: Desenhar barco significa que a criança adapta-se facilmente a imprevistos. Barcos grandes revelam que seu filho não gosta de mudanças e aprecia ter controlo da situação, se for barco pequeno seu filho é sensível, e tem grande intuição;



O mais importante é deixar a criança expor livremente sua criação.
















sábado, 6 de julho de 2013

A MELHOR EDUCAÇÃO É O EXEMPLO.

DIGA-ME E ESQUECEREI. ENSINA-ME E PODEREI LEMBRAR. ENVOLVA-ME E APRENDEREI" 


Já estamos cansados de ouvimos a frase: “O educador é o espelho da criança”, porém, isso não é apenas uma  frase bonita que  coordenador diz ao educador para que o mesmo cuide bem  de seu aluno. Na realidade a criança tende a se espelhar muito no educador. Quando recebo pais no meu consultório ouço muito eles dizerem que não concordam com alguns métodos usados pela escola, pelo educador e quando vão explicar o filho à forma que eles acham correta se deparam com um grande dilema, pois a criança insiste em dizer que os pais estão errados e a “tia”, o educador é quem está certo, na realidade a criança está certa ou seja, a educadora está certa. Às vezes os pais não entendem algumas formas que o educador tem que fazer pra alcançar seu objetivo, principalmente quando se trata de crianças com dificuldade no aprendizado.

Criança com dificuldade no aprendizado e sem acompanhamento adequado não consegue se desenvolver, o educador faz o que pode o que está ao seu alcance. Muitas vezes ele sabe que a criança tem alguma dificuldade em aprender, mais não sabe ao certo que tipo de dificuldade é. Muito dizem logo que a criança é hiperativa. Toda criança agitada é logo taxada, rotulada de hiperativa, mais na maioria do resultado da inquietude da criança é porque elas não conseguem assimilar o conteúdo então fica mexendo com e com outro, não aprende e não deixa os outros aprenderem.

As crianças com dislexia têm muitas dificuldades em identificar palavras impressas em letra de imprensa, e deste modo ler e escrever é difícil para elas. Talvez consigam entender alguns conceitos, ideias lidos em voz alta, no entanto, ler ou escrever algo usando as suas próprias palavras arriscaria até em dizer que é impossível.

Têm dificuldade em se lembrar das palavras completas. Enquanto os alunos de uma turma consegue juntar um conjunto de palavras, aprender a formar frases, as crianças com dislexia não reconhecerão muitas ou mesmo nenhumas palavras, sendo bem mais difícil para elas ler e escrever.

A criança dislexia, quando não recebe uma atenção especial, torna-se numa experiência dolorosa, mesmo noutros campos sem ser a da escola.
De forma a que possamos ajudar estes indivíduos a ter uma vivência mais confortável e favorável, há que proceder a um despiste o mais cedo possível, de forma a permitir mais tarde, na altura em que dão entrada na escola, no 1º período do ensino infantil, ao lidar com as letras, números e signos mais prazeroso e estimulante, contrapondo a angústia, desmotivação, raiva e mágoa que a maior parte sente quando se depara com a diferença constatada entre os seus pares.

É de enorme ajuda saber diferenciar a lateralidade, a diferença entre a direita e a esquerda, o alto do baixo, o longe do perto, antes mesmo de tentar aprender a ler e a escrever. Se uma criança não aprende da maneira como a ensinamos, então cabe a nós ensiná-la da maneira como ela aprende, sendo importante que a criança perceba o sentido de orientação para que mais tarde a tarefa de aprender a ler não seja tão penosa.


É primordial um despiste na fase em que a criança se encontra ainda na educação infantil (0 famoso jardim de infância ou pré-escola). Quanto mais cedo o despiste, mais depressa poderá ser trabalhada a adaptação ao encontro com as letras, números, conceitos que irá aprender  aquando entrar no ensino fundamental menor(1º ao 5º ano), de forma a que lhe seja permitido um maior gosto pela aprendizagem, respeitando o seu próprio ritmo, e acima de tudo, lhe permita maior felicidade no dia a dia.

A dificuldade mais conhecida e que vem tendo grande repercussão na atualidade é a dislexia, porém, é necessário estarmos atentos a outros sérios problemas: disgrafia, discalculia, dislalia, disortografia e o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).

Dislexia: é a dificuldade que aparece na leitura, impedindo o aluno de ler fluente, pois faz trocas ou omissões de letras, inverte sílabas, apresenta leitura lenta, dá pulos de linhas ao ler um texto, etc. Estudiosos afirmam que sua causa vem de fatores genéticos, mas nada foi comprovado pela medicina.


Disgrafia: normalmente vem associada à dislexia, porque se o aluno faz trocas e inversões de letras consequentemente encontra dificuldade na escrita. Além disso, está associada a letras mal traçadas e ilegíveis, letras muito próximas e desorganização ao produzir um texto.


Discalculia: é a dificuldade para cálculos e números, de um modo geral os portadores não identificam os sinais das quatro operações e não sabem usá-los, não entendem enunciados de problemas, não conseguem quantificar ou fazer comparações, não entendem sequências lógicas e outros. Esse problema é um dos mais sérios, porém ainda pouco conhecido.



Dislalia: é a dificuldade na emissão da fala, apresenta pronúncia inadequada das palavras, com trocas de fonemas e sons errados, tornando-as confusas. Manifesta-se mais em pessoas com problemas no palato, flacidez na língua ou lábio leporino.



Disortografia: é a dificuldade na linguagem escrita e também pode aparecer como conseqüência da dislexia. Suas principais características são: troca de grafemas, desmotivação para escrever, aglutinação ou separação indevida das palavras, falta de percepção e compreensão dos sinais de pontuação e acentuação.



TDAH: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é um problema de ordem neurológica, que traz consigo sinais evidentes de inquietude, desatenção, falta de concentração e impulsividade. Hoje em dia é muito comum vermos crianças e adolescentes sendo rotulados como DDA (Distúrbio de Déficit de Atenção), porque apresentam alguma agitação, nervosismo e inquietação, fatores que podem advir de causas emocionais. É importante que esse diagnóstico seja feito por um médico e outros profissionais capacitados.


Seja qual for a dificuldade  é importante que esse diagnóstico seja feito por um médico e ou um  profissionais capacitados. E lembre-se que o educador é o espelho do educando, ele tende a imitar seu exemplo e ter o que o educador diz como uma lei.


quarta-feira, 3 de julho de 2013

FATORES PSICOSSOCIAIS NA APRENDIZAGEM.


Na aprendizagem o sujeito é compreendido na sua totalidade. Aprende a partir do seu corpo, suas emoções, a partir da sua capacidade intelectual e do esquema referencial. Ao aprender o sujeito descobre a si mesmo ao distinguir-se como um eu diferente dos demais e do mundo. Portanto, há uma aprendizagem da realidade interagindo com a aprendizagem de sim mesmo.

O ser humano vem ao mundo fazendo parte de uma estrutura familiar e com um lugar designado dentro dela. A interação com o mundo ocorre primeiramente por meio do vinculo com a mãe. A mãe por meio dos seus cuidados ajuda a criança a formar o primeiro eu, o eu corporal. Esta relação de amor é a permite à criança, depois, deslocar para a realidade seu impulso para os elementos que deseja explorar. Para que isso aconteça, a mãe deve afastar-se paulatinamente, o que provoca na criança angustia e frustração e, assim, a criança deve buscar novos meios de satisfação. Um dos caminhos é a aprendizagem.

A aprendizagem é uma relação vincular. Isso implica que existem dois termos: Sujeito e objeto quando falamos do objeto nos referimos a tudo que é conhecido como o não-eu. O objeto a adquire significado na consciência mediante as relações e a possibilidade de categorizá-lo para que este seja compreensível. No vinculo com a mãe, a criança estrutura suas capacidade individuais e também sua atitude frente ao mundo e, portanto, frente à aprendizagem.

É muito importante  entender que a aprendizagem caminha unida ao crescimento, ir deixando, pouco a pouco, a dependência para chegar a ser independente. Nesse processo a criança deve ser capaz de transferir seus afetos para fora do núcleo familiar e encontrar outros modelos de identificação com seus colegas e educadores. Também, a partir da família, deve dar o espaço para a aceitação do crescimento já que este é o caminho para que ocorra a socialização dos processos do pensamento e dos mecanismos de contato com a realidade. A família, com sua atitude, pode permitir que o erro seja admissível ou pode transformá-lo em medo do fracasso. O mesmo pode suceder com a escola.

A possibilidade de aprender depende do processo de individualização. Quer dizer do nascimento psicológico do ser humano, que quando pode aprender por meio de suas sensações e dos seus sentimentos passa de plano da ação para o plano da simbolização. O sujeito pode refletir sobre o que sente e pensa. O educador, a partir da sua função, pode ajuda-lo a colocar em palavras sentimentos e sensações e deve cuidar para que o aluno estabeleça um vinculo saudável com o objeto da aprendizagem.





terça-feira, 2 de julho de 2013

HABILIDADES NECESSARIAS PARA LEITURA


      Para que esse processo seja possível é necessário que exista maturidade adequada das bases neurofuncionais que o sustentam. Estas bases são a sustentação de todas as modalidades perceptivas, sobretudo da visual e auditiva, que marcam esse processo. Esta aprendizagem não envolve somente uma simples associação de neurônios que intervém, mas também a integração das diferentes destrezas que o cérebro utiliza para processar a informação dada pelos grafemas e fonemas que são percebidos ela visão e pela audição.    Aprender a ler não significa somente associar letra com som e palavra como significado, mas sim implica aprender uma forma de decodificar diferentes da que é utilizada na linguagem oral.

      Nesta forma de decodificação é preciso:

· Receber;
· Reconhecer;
· Elaborar;
· Interpretar símbolos.

      São estabelecidas uma série de associação visoauditivas, visioespaciais, audiovisuais e visiomotoras complexa, sucessivas e simultâneas.
Nesse processo têm-se dois hemisférios cerebrais. O direito ajuda a reconhecer as palavras como um todo. Está especializado para reconhecer dados sensoriais e formar imagens. Não é regido pela lógica, é anárgico e funciona pela intuição. Funciona de forma global e simultânea. As imagens mentais têm grande conteúdo afetivo. Este hemisfério processa os dados perceptivos, cria esquema novos sem a necessidade de relacionar-se com os anteriores, faz a função de sintetizar, não de analisar.
O hemisfério esquerdo processa os dados simbólicos, comprara os dados novos com pré-existente trabalha analiticamente, é regido pela lógica. Este hemisfério é o substrato das linguagens proposicional que são construídas em sequencias, a linguagem verbal e a linguagem musical.

     Conforme as ações se automatizam, intervém mais o hemisfério esquerdo na velocidade e qualidade do processamento, enquanto o direito continua processando a nova informação que entra e utiliza os aspectos criativos necessários para as atividades.
Para compreender a leitura são colocados em funcionamento vários processos que envolvem destrezas visioespaciais de reconhecimento de grafemas, nos quais intervêm eminentemente as áreas visuais do hemisfério direito. Se, além disso, a leitura é realizada em voz alta, devem ser acrescidos ao processo outros mecanismos como os da audibilização, além dos visioespaciais. Neste caso intervém o hemisfério esquerdo, em especial o lóbulo temporal. Além desses processos cortinais, devem ser aumentadas as funções dos gânglios da base de cerebelo que contribuem na parte motora da fada. Quando o processo ocorre de uma maneira fácil e normal, os mecanismos tornam-se automáticos e a criança lê sem preocupar-se com mecânica para concentrar-se na compreensão. Porém, quando a criança tem dificuldade no aprendizado como uma dislexia, discalculia, dislalia etc., ela não consegue fazer esse processo sem ajuda de um profissional, tão pouco o educador saberá trabalhar o processo de desenvolvimento desta criança sem uma orientação adequada.