sábado, 28 de setembro de 2013

         
                    HIPERATIVIDADE É ASSUNTO SÉRIO



Querido leitores este artigo foi escrito objetivando a ajudar pais e educadores a identificar criança hiperativa já que a criança inquieta é muito rotulada como hiperativa então fica sempre a indagação essa criança é ou não hiperativa? Então para acabar com muitas dúvidas estaremos dando alguns sintomas das crianças com hiperatividade, elas ainda confunde pais, educadores e médicos. Se não for diagnosticada nem tratada adequadamente,
a doença vira tormento tanto para a criança como para quem vive em torno dela.
Hiperatividade é um termo corrente para um comportamento irrequieto, superexcitado e infeliz. Além da criança não conseguir fixar a atenção em uma atividade por mais de alguns minutos, os hiperativos sobem em móveis, falam compulsivamente, vivem perdendo material escolar e não suportam bem frustrações.



       Ser mãe de um hiperativo é muito difícil, tem que conviver com uma criança que não responde ao que é ensinado, vive derrubando as coisas, corre o tempo todo, pula, grita, é impossível não ficar irritada. Nem toda criança que é agitada deve ser rotulada de hiperativa. A agitação pode ser resultado de problemas comportamentais, falta de limites ou manifestações de outras doenças graves, como autismo, hipertireoidismo e até depressão infantil.
Os sintomas da criança hiperativa aparecem, no máximo, até os sete anos.

        ALGUNS SINTOMAS DO HIPERATIVO:
Ø Dificuldade de organizar tarefas;
Ø Descuido nas tarefas escolares ou em outras atividades;
Ø Não consegue enxergar detalhes;
Ø  Dificuldade em se concentrar em tarefas ou brincadeiras;
Ø Parece não ouvir o que lhe dizem;
Ø Reluta em iniciar tarefa que exige grande esforço mental;
Ø  Perde com frequência objetos de uso diário, como material escolar e brinquedos;
Ø Distrai-se facilmente;
Ø  Inquietação constante;
Ø  Fala o tempo todo, começa a responder perguntas que ainda não foram completadas;
Ø  Tem dificuldade de esperar sua vez em jogos ou situações em grupo, interrompe a conversa dos outros.
Crianças hiperativas podem apresentar melhoras em seu comportamento e desenvolvimento pedagógico se algumas regras forem consideradas. Vejamos algumas sugestões:
v      Trabalhe com pequenos grupos, sem isolar as crianças hiperativas;
v      Dê tarefas curtas ou intercaladas, para que elas possam concluí-la antes de se dispersar;
v      Elogie sempre os resultados;
v       Use jogos e desafios para motivá-las;
v       Valorize a rotina, pois ela deixa as crianças mais seguras, mas mantenha sempre elevado o nível de estímulo, através de novidades no material;
v       Permita que elas compensem os erros: sutilmente, faça-as pedir desculpas quando ofenderem os colegas ou convença-as a arrumar a bagunça em classe;
v       Repita individualmente todo comando que for dado ao grupo e faça-o de forma breve e usando linguagem fácil de entender;
v       Peça a elas que repitam o comando, para ter certeza de que escutaram e compreenderam o que você quer;
v       Dê uma função oficial às crianças, como a de ajudante do professor; isso pode melhorar o relacionamento delas com os colegas e abrir espaço para que elas se movimentem mais;
v       Mostre os limites de forma segura e tranquila, sem entrar em atrito;
v       Coloque a criança perto de colegas que não o provoquem, perto da mesa do professor na parte de fora do grupo;
v       Oriente os pais a procurar um psiquiatra, um neurologista, psicólogo ou psicopedagogo.
Orientamos que para seguir essas sugestões é importante ter a mão estes  materiais e deixe-os sempre ao alcance dos alunos na sala de aula:
·                         Caixa com gibis e caixa com livros de histórias infantis;
·                         A criança hiperativa, quando faz uma atividade do começo ao fim, geralmente termina antes dos outros. Nesse caso, deixe que ela leia revistinhas ou livros, como forma de premiação. Mas certifique-se de que o aluno está realmente lendo e não fingindo que lê. Dê a ele atividades de leitura com responsabilidade.
Peça, por exemplo, que ele conte para os outros o que leu, o que achou legal na história, qual é o personagem mais engraçado, mais maluco, inteligente, diferente etc. Ou então peça para ele desenhar a história lida, o que vale tanto para gibis como para livros de histórias;
·       Palavras cruzadas, jogos de trilha, atividades com figuras (jogo dos sete erros ligue os pontos, encontre a figura escondida). É importante oferecer à criança hiperativa atividades diversificadas que exijam atenção, mas que não a desgaste intelectualmente. Assim, ela terá sempre prazer em executá-las. Essas atividades têm também a função de premiar o aluno por ter terminado o trabalho rotineiro com atenção;
·        Atividades que estimulem as quatro operações: somar, subtrair, multiplicar e dividir, todas com desenhos que contextualizem o assunto.



quarta-feira, 25 de setembro de 2013


CRIANÇAS COM DIFICULDADES DE APRENDIZADO SÃO CAPAZES E INTELIGENTES.



Um dos maiores obstáculos sociais pelo qual passa a educação na atualidade é a integração e socialização das crianças com dificuldade de aprendizagem. Os pais que enfrentam essas dificuldades com seus filhos também são colocados essa difícil e árdua tarefa, pois não é fácil ter filhos com dificuldades no aprendizado, até que seja detectar é um tormento para eles e também para as crianças que muitas vezes são rejeitados, sofrem preconceitos, são chamadas de preguiçosas. As dificuldades de aprendizagem procedem essencialmente da capacidade de conceitualizar e processar  a informação, assim como do desenvolvimento das destrezas. As habilidades afetadas com maior frequência são:
v      Leitura;
v     Escrita;
v     Processamento auditivo e da fala, raciocínio e matemática.


As dificuldades de aprendizagem são causadas por diferenças no funcionamento cerebral e na formação pelo qual o cérebro processa a informação. As crianças com dificuldades de aprendizagem não são incapazes ou preguiçosas. Na realidade, geralmente têm um nível de inteligência similar ou superior à média. O problema reside no fato de que seu cérebro processa a informação de uma forma diferente da maioria, ou seja, mais lenta ou dependo da dificuldade mais rápida.


Não existe nenhuma cura para as dificuldades de aprendizagem: são dificuldade para toda vida. No entanto, as crianças com esse tipo de dificuldade podem progredir e, em muitos casos, podem aprender formas de superar suas limitações. Com o suporte adequado, as crianças com dificuldades de aprendizagem podem aprender e, de fato aprende, com sucesso. Ressaltamos a importância do lugar e do acompanhamento, das atividades que são realizadas com essas crianças.


Na realidade não é fácil detectar quando uma criança tem dificuldade no aprendizado, porém, existe, sim, uma série de indicadores que os psicopedagogos utilizam para detectá-las. A maior parte desses indicadores é detectada durante o período do ensino fundamental. É provável que a criança exibir vários dessas dificuldades, então os pais e educadores devem considerar a possibilidade de a criança ter uma dificuldade de aprendizagem.


Atualmente se considera fundamental que tanto os pais como educadores desempenhem um papel ativo no desenvolvimento e progresso das habilidades das crianças com dificuldades de aprendizagem. Essas crianças pedem ajuda em suas ações como:
Ø Agressividade;
Ø Mau comportamento;
Ø Inquietude;
Ø Não completam tarefas;
Ø Gritam muito;
Ø Ficam quietos demais;
Ø Lentidão;
Ø Agitação;
Ø Notas baixas.

Frisamos que nem todas as crianças que apresentam  essas ações têm dificuldades no aprendizado, por isso é que orientamos a observação, pois quando essas ações são repetitivas demonstram que algo não anda bem, essa criança necessitam de um acompanhamento melhor, um olhar investigativo.

terça-feira, 24 de setembro de 2013


APRENDIZAGEM  NÃO É UMA AÇÃO PASSIVA.


É complicado definir aprendizagem, ela abrange tudo que está envolvido no processo de aprender. Tentaremos defini-la da maneira mais sucinta possível. É importante que nos distanciamos de teorias simplistas que somente contemplem fenômeno de pontos de vista isolados, não é somente um processo de entrada e saída de informação, nem tampouco pode ser considerada somente a partir da área emocional.


O aprendizado integra o cerebral, o psíquico, o cognitivo e o social. Portanto, podemos afirmar que é um processo neuropsicocognitivo que ocorrerá num determinado momento histórico, numa determinada sociedade, dentro de uma cultura particular.
Destacaremos a influencia que toda a nossa bagagem tem sobre o aprendizado, ou seja, nossas experiências passadas, nossos sentimentos, nossas vivencias e as situações sociais nas quais se desenvolve o aprender. Nossa estrutura psíquica dá sentido aos processos perceptivos, enquanto a organização cognitiva sistematiza toda a informação recebida de uma forma muito pessoal de acordo com as experiências vivenciadas e as situações sociais onde elas se desenvolvem. Portanto os sujeitos da aprendizagem e seus modos de aprender são produtos das práticas culturais e sociais.


O processo de aprendizagem não é considerado mais uma ação passiva de recepção, nem o ensinamento uma simples transmissão de informação. Ao contrário, atualmente falamos da aprendizagem interativa, da dimensionalidade de saber:
Ø     A aprendizagem supõe uma construção que ocorre por meio de um processo mental que implica na aquisição de um conhecimento novo.
É uma construção interna e subjetiva, processada e construída interativamente. Ou seja, os seres humanos precisam de continuas aprendizagem que começam a ocorrer a partir da gestação.
O aprender é o caminho para atingir o crescimento, a maturidade e os desenvolvimentos como pessoas num mundo organizado, já as interações com o meio nos permitem organização do conhecimento.

A aprendizagem é um processo que ocorre durante toda vida. A definição da mesma como frisei no inicio é complexa, mas nos parece útil por abrangê-la no sentido mais amplo que é um processo integral que ocorre desde o principio da vida.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

DESAFIO NAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM.


O principal desafio que psicopedagogos, pais, educadores e profissionais que trabalham com crianças que enfrentam dificuldade no aprendizado é o de ajudá-las a aumentar a confiança em si mesmas, acreditar nas suas capacidades. Devem saber que as pessoas aprendem de maneiras diferentes e que sua energia pode ser encaminhada para encontrar estratégias adequadas para sua aprendizagem, ou seja, canalizar essa energia direcioná-las para que essas crianças se desenvolva “normalmente”, ao invés de  buscar formas de esconder suas dificuldades.


Por isso, os psicopedagogos, os pais, educadores e profissionais que trabalham com essas crianças têm uma grande responsabilidade. Suas habilidades de observação, de detecção de problemas, saber como dar feedback e definir como e quando intervir são de suma importância para o desenvolvimento dessas crianças.


Estas crianças precisam de um ambiente seguro, estimulante, onde os erros sejam permitidos e assumir riscos seja incentivado.  Quando sente que aprender experiência excitante onde se pode sentir prazer, então isso se transformará em algo que nunca termina, durará a vida toda, uma criança quando se sente segura, protegida tende a se desenvolver melhor.
As crianças aprendem a esconder suas dificuldades com condutas como:
ü Ser o palhaço da classe;
ü  Manter-se calada;
ü Adoecer;
ü Fugir das responsabilidades;
ü  Demonstrar desinteresse;
ü  Apresentar mau comportamento;
ü Ser violento;
ü Ser birrento;
ü Ser respondão;
ü Frequentemente isolam-se.


 Escondem-se ou evitam fazer algumas coisas, pois  assim ninguém pode magoá-las. Estas máscaras protetoras que utilizam para não serem chamadas de incapazes, lentas ou intratáveis isolam-se socialmente. É importante ajudar essas crianças a conhecerem seus pontos fortes, a compreender que suas dificuldades não existem por falta de capacidade; a descobrir estratégias que sejam uteis na sua aprendizagem. Em certo sentido a criança aprende da sua imagem de si que recebe do outro, assim quanto mais integradora for à imagem eu proporcionam a ela seus pais, e  depois seus educadores, maiores as possibilidades para reconhecer suas potencialidades e carências.
O adulto que trabalham com crianças com dificuldade e as próprias crianças sabem o que elas NÂO podem fazer, poucas vezes é mencionado o que fazem bem ou as áreas nas quais existem pontos fortes. Os comentários dos educadores e pais giram em torno da sua imaturidade, desorganização, da forma como se movimentam, sua linguagem como NÂO escutam, como NÂO respondem e como NÂO seguem instruções; como escrevem mal, como leem suas dificuldades em matemática ou NÂO terminam suas tarefas.
O futuro dessas crianças está nas mãos das pessoas que estão ao seu lado na aprendizagem; a confiança em si mesma, a capacidade de tomar decisões, a habilidade para resolver problemas, a autonomia, a motivação para atingir objetivos dependerá da forma como elas forem apoiadas. Não existe uma receita única. Cada criança é um ser humano único e importante. Respeitar essa individualidade, aceitar diferentes formas de pensar, de sentir, de agir e de aprender é um ponto básico na educação destas crianças.
A pessoa enfrenta processo de aprendizagem como uma totalidade, ou seja, a partir das suas emoções, ou seu corpo, sua capacidade intelectual, seu esquema referencial. Quando surgem dificuldades neste processo estas não devem ser enforcadas isoladamente. Ainda que me possam manifestar-se na área emocional ou na orgânica, na área intelectual ou na social, o importante é não perder de vista que toda a personalidade é afetada.
Aprender é um processo complexo e multifacetado que apresenta bloqueios e inibições em todos os seres humanos. É fundamental que, quando surgir um conflito, não o qualifiquemos como um problema, tentando evitar a consciência do transtorno. Uma pessoa enfrenta diversas situações com os filhos ou alunos como:
Ø     Às vezes pode parecer obsessivo diante de uma tarefa, pode aceitá-la de bom grado ou rejeita-la quando a vê-la;
Ø     Às vezes pode apresentar crises diante de um problema que não consegue resolver e outras vezes podem manejar a dificuldades e aceitar refazê-lo;
Ø      Às vezes participa ativamente na sala de aula e outras vezes se isola. Todas estas condutas aparecem numa mesma criança e não necessariamente refletem um problema.

 O que chamamos a atenção é quando essas condutas se repetem com frequência devem se preocupar e procurar ajuda ou se já estiver sendo acompanhado pelo psicopedagogo na instituição é hora de mudar para o clinico. 

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

       CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA APRENDER.


A aprendizagem é uma função integrativa, onde se relacionam o corpo, a psique e a mente para que  o indivíduo possa apropriar-se da realidade de uma forma particular.


Levando em consideração este fato, entendemos que o ser humano faz, sente e pensa. Por isso, é importante não somente focalizarmos as funções cerebrais e sua relação com os processos cognitivos, mas também entender que cada indivíduo terá sua forma particular de processamento de informação, que não depende somente do cerebral, mas também está arraigada no psíquico. A estrutura psíquica é aquilo que habitualmente chamamos de afetividade.
Para poder entender o complexo processo que entra em jogo na aprendizagem, nos parece muito ilustrativo mencionar o caso dos meninos lobo.



Por diferentes circunstancia eles cresceram à margem da sociedade moderna. Eles foram encontrados em floresta, vivendo sozinhos, selvagens e afastados da civilização. Psicologicamente permaneciam em um nível subumano. Foram realizados muitos estudos com esses meninos.
 Através de exames post mortem foi constado que a base anatômica cerebral permanecia intacta e normal. No entanto, neles não haviam sido formados os complexos sistemas cerebrais funcionais, ou dito de outra forma, as estruturas neuropsicológicas que constituem a base das funções cognitivas, ou seja, da linguagem, gnosias, práxis, atenção... Que conformam a base do psiquismo humano.
Estes meninos não haviam adquirido, e tão pouco pôde adquirir depois, uma serie de funções humanas como andar ereto ou utilizar a linguagem oral. No entanto, sabiam correr de quatro muito mais rápido que seus contemporâneos e podiam reconhecer pelo olfato o que podiam ou não comer. Haviam desenvolvido exclusivamente as funções cujos circuitos tinham sido mantidos durante seus primeiros anos de vida. Vemos, pois, que embora possuíssem a base morfológica cerebral, não tiveram a possibilidade de que esta se desenvolvesse com base na organização e reorganização funcional em virtude da aprendizagem prática e linguística que foram adquirindo durante a vida.

O desenvolvimento cognitivo é entendido então como um processo que permanentemente se transforma como resultado de continuas reestruturações que ocorrem nas diversas interações  que a pessoa estabelece. Existem momentos-chaves nos quais a estimulação permite que algumas funções apareçam e se desenvolvam.  Mesmo no caso do cérebro funcionar perfeitamente,  se a  pessoa não escuta até os dez anos de idade, por exemplo, é muito improvável que possa aprender  a falar.


 O funcionamento do cérebro e da mente depende e se beneficia da experiência. O desenvolvimento não é meramente um processo biológico, mas também um processo ativo que utiliza informação essencial da experiência. Por meio das pesquisas foram estudados os poderosos efeitos da experiência  durante períodos específicos chamados janelas de oportunidades. Outros estímulos podem produzir efeitos sobre o cérebro durante períodos mais longos de tempo.

O homem quando nasce descobre um mundo que já tem uma organização, normas sociais e uma historia. A presença dos outros seres humanos ao seu redor permite-lhe algumas manifestações simbólicas como a linguagem e o pensamento. Por meio da constante inter-relação com o mundo o individuo continua construindo sua aprendizagem e isso envolve uma atividade funcional com sentido e organização.
Levando em consideração as bases neurofuncionais e os processos psicológicos, vamos analisar os processos neuropsicocognitivos complexos que intervém na aprendizagem, ainda que não ocorram de maneira independente, para finalidade de estudo, os analisaremos separadamente.

PROCESSO NEUROPSICOLOGICOS

Ø     Gnosias – pensamento;
Ø     Práxis – linguagem;
Ø     Memoria – atenção.

As gnosias se referem ao reconhecimento de um objeto através de uma modalidade sensorial.
As práxis se referem à execução de atos voluntários complexos aprendidos durante a vida como, por exemplo, pentear-se.